Tipo:
Notícias
Um ano da vitória contra a PEC 37
Há um ano, no dia 25 de junho de 2013, em uma sessão histórica na Câmara dos Deputados, os membros do Ministério Público e a sociedade brasileira obtiveram uma vitória importantíssima na luta contra a impunidade: a Proposta de Emenda à Constituição n.º 37/2011 foi rejeitada. Apelidado de PEC da Impunidade, o texto, derrubado com o voto de 430 dos 441 parlamentares presentes, visava a impedir o Ministério Público de realizar investigações criminais. A conquista só foi possível por conta de um trabalho incansável das entidades representativas dos diversos ramos do Ministério Púbico brasileiro, e somente se consolidou quando a sociedade brasileira decidiu mostrar nas ruas o que já vinha sinalizando em todas as consultas, ainda que informais, acerca do assunto.
Há um ano, no dia 25 de junho de 2013, em uma sessão histórica na Câmara dos Deputados, os membros do Ministério Público e a sociedade brasileira obtiveram uma vitória importantíssima na luta contra a impunidade: a Proposta de Emenda à Constituição n.º 37/2011 foi rejeitada. Apelidado de PEC da Impunidade, o texto, derrubado com o voto de 430 dos 441 parlamentares presentes, visava a impedir o Ministério Público de realizar investigações criminais. A conquista só foi possível por conta de um trabalho incansável das entidades representativas dos diversos ramos do Ministério Púbico brasileiro, e somente se consolidou quando a sociedade brasileira decidiu mostrar nas ruas o que já vinha sinalizando em todas as consultas, ainda que informais, acerca do assunto.
Alertada pelos membros da Instituição em todo o país, a Nação percebeu a importância da manutenção da prerrogativa ministerial de poder realizar investigações criminais. A pressão popular acabou convencendo o plenário da Câmara a rejeitar o texto. O arquivamento da PEC 37 ocorreu 747 dias após ter sido apresentada ao Congresso Nacional pelo deputado federal e delegado de polícia aposentado Lourival Mendes (PTdoB/MA), único a defender a proposta na tribuna durante a sessão.
HISTÓRICO DA LUTA
A luta contra a PEC da Impunidade começou, embora nem todos tenham essa percepção, tão logo o texto foi apresentado ao Congresso Nacional, em meados de 2011. O Ministério Público brasileiro e suas entidades representativas se articularam e prepararam a reação contra a proposta. Com o apoio conquistado de diversos segmentos sociais, todos trabalharam intensamente para mostrar aos parlamentares o retrocesso a que seria submetido o país e sua novel democracia em caso de aprovação da proposta.
Nascida no Rio Grande do Sul, a partir da mobilização da AMP/RS, uma bem organizada campanha ganhou o país através da CONAMP e das demais entidades representativas dos membros da Instituição. Vice-presidente da Associação Nacional (CONAMP), o presidente da Associação gaúcha (AMP-RS), Victor Hugo de Azevedo, integrou o comando nacional da campanha e todas as mesas de discussão e de negociação com a classe política em Brasília. Acompanhado por membros da diretoria da AMP-RS, da Administração Superior do MP/RS, ex-procuradores-gerais de Justiça e colegas de Ministério Público, o Ministério Público do Rio Grande do Sul foi um dos principais articuladores do movimento que conquistou a adesão popular e acabou por derrubar a PEC 37.
FORÇA NAS RUAS
Nas vésperas da votação, a campanha ganhou a força das ruas. Uma onda de manifestações invadiu o país e bradou forte contra a aprovação do texto, a exemplo do que a população já vinha sinalizando em enquetes, pesquisas e consultas informais nas mais variadas plataformas desde o início de 2012. Descontentes com a tramitação da PEC 37 no Congresso Nacional, a má gestão dos recursos públicos, a baixa qualidade dos serviços e a alta taxa tributária, entre outras questões, milhares de pessoas se fizeram ouvir.
Após a rejeição da matéria na Câmara dos Deputados, o presidente da AMP-RS alertou: “a PEC 37 foi derrubada, mas os riscos de imposição de retrocessos ao Ministério Público brasileiro permanecem rondando os gabinetes do congresso e o ideário dos inimigos da legalidade e da democracia. Resta-nos, no entanto, a certeza de que a causa ministerial tem outros defensores além de nós: todos aqueles que preferem viver em um verdadeiro estado democrático de direito.”
Confira aqui um vídeo sobre a vitória histórica.
Últimas notícias
Loading...
Loading...