Repercussão do ato de vandalismo na Câmara
Diversas personalidades e instituições manifestaram-se nesta terça-feira (6/6) diante invasão da Câmara dos Deputados ocorrida na tarde desse mesmo dia. O presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, se solidariza com a Câmara dos Deputados e lamenta a invasão de suas instalações. Segundo o ministro, “mesmo em momentos de tensão política é preciso preservar o respeito às Instituições e encaminhar as reivindicações dentro das regras democráticas”. Confira, abaixo, algumas opiniões expressas em matéria do Jornal Correio do Povo, em edição publicada nesta quarta-feira (7/6):
"Foi um apedrejamento da democracia e uso ilegítimo da força. O Ministério da Justiça coloca à disposição do poder Legislativo a Polícia Federal para participar da perseguição criminal dos responsáveis pelo ato de vandalismo". Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça
"A grave crise ética que envolve o governo e o próprio poder Legislativo, que tem feito o país sangrar há mais de um ano, acaba propiciando, a cada dia, nova receita indigesta. Não podemos mais conviver com isso. Não é com anarquia que vamos modificar as coisas". Roberto Busato, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil
"O grande líder do movimento, Bruno Maranhão, deveria, em primeiro lugar, convencer o seu partido, o PT, a mudar a política econômica deste país, a mudar o ritmo da reforma agrária. O verdadeiro alvo dos movimentos sociais deveria ser o Planalto". Luciana Genro, deputada federal do PSol
"A nossa bancada condena qualquer tentativa de partidarizar o episódio, lembrando que os métodos utilizados merecem o repúdio da unanimidade da população". Henrique Fontana, líder da bancada do PT na Câmara
"Foi um ato condenável, injustificável sob todos os aspectos, e que, acima de tudo, não ajuda. A reforma agrária vai ser vitoriosa enquanto for uma agenda da paz". Guilherme Cassel, ministro do Desenvolvimento Agrário
"Foi um grave ato de vandalismo cometido contra o Parlamento. A agressão ao Congresso, espaço público para as manifestações legítimas e pacíficas da sociedade, fere os princípios da democracia e deve ser tratada com o rigor da lei". Nota da Presidência da República
"As cenas vistas nada têm a ver com o sentimento democrático. Representam, sim, um ato de violência que transcende qualquer direito e desqualifica qualquer motivação, ainda que justa. A AMB espera apuração rigorosa do ato, bem como punição exemplar aos responsáveis". Nota da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB)