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Procurador denuncia 40 pelo mensalão

Com termos mais duros do que os do relatório da CPI dos Correios, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, concluiu que o esquema do mensalão era controlado por uma “sofisticada organização criminosa” comandada pelo PT. Em denúncia enviada no dia 30 ao Supremo Tribunal Federal (STF) e só tornada pública nesta terça-feira (11/4), o procurador aponta o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu como “o chefe do organograma delituoso” e três ex-dirigentes petistas – José Genoino, Delúbio Soares e Silvio Pereira – como integrantes do “núcleo principal da quadrilha”. Ao todo, foram denunciadas à Justiça 40 pessoas, entre políticos e empresários. Os crimes vão de formação de quadrilha a lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva.
12/04/2006 Atualizada em 21/07/2023 11:03:17
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Com termos mais duros do que os do relatório da CPI dos Correios, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, concluiu que o esquema do mensalão era controlado por uma “sofisticada organização criminosa” comandada pelo PT. Em denúncia enviada no dia 30 ao Supremo Tribunal Federal (STF) e só tornada pública nesta terça-feira (11/4), o procurador aponta o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu como “o chefe do organograma delituoso” e três ex-dirigentes petistas – José Genoino, Delúbio Soares e Silvio Pereira – como integrantes do “núcleo principal da quadrilha”. Ao todo, foram denunciadas à Justiça 40 pessoas, entre políticos e empresários. Os crimes vão de formação de quadrilha a lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva.


O texto de Souza, nomeado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é contundente com o PT. Entre os acusados, figuram o ex-ministro da Secretaria de Comunicação de Governo Luiz Gushiken e o deputado João Paulo Cunha (PT-SP). O empresário Marcos Valério de Souza, apontado como “um verdadeiro profissional do crime”, e o publicitário Duda Mendonça também são citados. O PSDB, que manteve laços com Valério por intermédio do então governador de Minas Gerais e candidato à reeleição Eduardo Azeredo, em 1998, não foi poupado.


Souza evitou vincular presidente a esquema


Na denúncia, Souza evitou associar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao caso. Além de Lula, o procurador-geral poupou em sua denúncia sete de 19 deputados apontados por envolvimento com o mensalão pela CPI dos Correios. Souza pediu a condenação, no entanto, de deputados que foram absolvidos da cassação pela Câmara. "O Ministério Público constatou que houve um esquema criminoso, de tráfico político de apoio. Nesse sentido, houve, sim, o mensalão",disse Souza.


As conclusões do procurador


Os crimes denunciados
Corrupção ativa
Corrupção passiva
Peculato (desvio de dinheiro público)
Formação de quadrilha
Lavagem de dinheiro
Evasão de divisas
Falsidade ideológica
Trechos da denúncia


Trechos da denúncia


Crimes
"O presente inquérito demonstra a existência de uma sofisticada organização criminosa, dividida em setores de atuação, que se estruturou profissionalmente para a prática de crimes como peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta, além das mais diversas formas de fraude."
Núcleo principal
"Pelo que já foi apurado até o momento, o núcleo principal da quadrilha era composto pelo ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores Delúbio Soares, o ex-secretário-geral do Partido dos Trabalhadores Sílvio Pereira, e o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores José Genoino."
Objetivo
"O objetivo desse núcleo principal era negociar apoio político, pagar dívidas pretéritas do partido e também custear gastos de campanha e outras despesas do PT e dos seus aliados. Com efeito, todos os graves delitos que serão imputados aos denunciados ao longo da presente peça têm início com a vitória eleitoral de 2002 do Partido dos Trabalhadores no plano nacional e tiveram por objetivo principal, no que concerne ao núcleo integrado por José Dirceu, Delúbio Soares, Silvio Pereira e José Genoino, garantir a continuidade do projeto de poder do Partido dos Trabalhadores (...)."
Marcos Valério
"Nesse ponto, e com objetivo unicamente patrimonial, o até então obscuro empresário Marcos Valério aproxima-se do núcleo central da organização criminosa (José Dirceu, Delúbio Soares, Silvio Pereira e José Genoino) para oferecer os préstimos de sua própria quadrilha (Ramon Hollerbach, Cristiano de Melo Paz, Rogério Tolentino, Simone Vasconcelos e Geiza Dias dos Santos) em troca de vantagens patrimoniais no governo federal."
"Para a exata compreensão dos fatos, é preciso pontuar que Marcos Valério é um verdadeiro profissional do crime, já tendo prestado serviços delituoso

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