A abertura do ano letivo em Piratini foi especial este ano devido ao trabalho da promotora de Justiça do município, Cristiana Müller Chatkin. Em conjunto com a Prefeitura, ela organizou uma atividade de mobilização contra o crack. “Nossa ideia foi envolver a comunidade escolar neste evento, trazendo informações sobre esta droga, tanto para os adolescentes como para os professores”, conta a promotora, que atua há nove anos em Piratini.

Pela manhã, o coordenador da CufaRS, Manoel Soares, conversou com os estudantes sobre os riscos do crack. “O Manoel conseguiu prender a atenção da gurizada. Mesmo aqueles mais inquietos acabaram se rendendo e participando da atividade”, comemora Cristiana.

O presidente da AMP/RS, Marcelo Dornelles, falou à tarde para os professores e agentes públicos. Ele discorreu sobre a importância do trabalho em redes para o enfrentamento deste grave problema social, uma das principais alternativas defendidas pela Associação. Ao ser questionado por educadores presentes sobre a falta de comprometimento das famílias com a educação dos filhos, Dornelles foi enfático. “Sabemos que existe uma desestruturação das famílias e esse é um dos fatores da drogadição na adolescência, mas de nada adianta procurarmos culpados. Temos é que unir forças e trabalhar juntos na busca de soluções”.