Cocaína encontrada seria suficiente para produzir 400 mil pedras de crack

A Polícia Federal (PF) desarticulou ao entardecer de ontem um laboratório para preparação de cocaína na região de Nova Hartz, no Vale do Sinos. Foram apreendidos mais de 80 quilos de pasta-base, folha de coca refinada que serve de matriz para preparação do crack. A quantia é suficiente para fabricar 400 mil pedras de crack. Segundo a Polícia Federal, esta é uma das maiores apreensões de cocaína feita no Rio Grande do Sul neste ano.

O material estava escondido dentro de uma casa na periferia de Nova Hartz e também em um carro, guardado dentro de uma revenda de veículos do município.

Apenas uma pessoa foi presa. É o ocupante da residência, que teria conhecimentos de química. Ele foi surpreendido guarnecendo um laboratório de refino da pasta-base, que tinha pipetas, produtos químicos para realizar a transformação e uma prensa, capaz de empacotar o produto.

Parte da pasta tóxica estava na casa. Outra parte estava no porta-malas de um carro à venda na loja de veículos. Os policiais desconfiam que outros veículos à venda também possam conter cocaína, e, por isso, resolveram apreender toda a frota da loja. Até as 22h de ontem, oito veículos tinham sido confiscados e estavam sendo examinados. A ação foi executada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF, sob o comando do delegado Roger Soares Cardoso, a partir de uma denúncia recebida na quarta-feira e de investigações feitas por policiais do Interior.

Ações recentes



DEZEMBRO DE 2009

- Num sítio à beira da rodovia Osório-Torres (BR-101), a Polícia Federal desarticulou no dia 15 um laboratório que preparava drogas para serem revendidas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Na casa, os agentes encontraram 200 quilos de cocaína e 50 quilos de produtos químicos utilizados para transformação do produto, como lidocaína – medicamento usado para tratamento de dor e arritmia cardíaca.



OUTUBRO DE 2009

- No dia 15, a Polícia Federal desarticulou uma quadrilha que trazia mensalmente 50 quilos de cocaína por mês do Paraguai. Além de três pessoas presas em Ponta Porã (MS) foram presos outros quatro envolvidos na Capital e um em Canoas. Com essa quantidade, o bando vendia na Região Metropolitana de Porto Alegre cerca de 750 mil pedras de crack.



- No dia 23, o desmonte de um dos principais laboratórios de refino de drogas da Capital, realizado pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), desarticulou quadrilha que recebia todo mês entre 30 e 50 quilos de pasta de cocaína e crack, de acordo com estimativa do Denarc. Como cada quilo de tóxico bruto se multiplica por três depois de processado, o bando chegava a produzir 150 quilos mensais.



Fonte: Zero Hora, 18 de junho de 2010