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Papa manifesta respeito pelo Islã sem pedir desculpas
O papa Bento XVI expressou nesta segunda-feira (25/9), pela terceira vez, seu "total e profundo respeito" pela fé muçulmana e disse que o diálogo entre as duas religiões é vital para o futuro. Foi uma nova tentativa de contornar a crise nas relações entre o Vaticano e o Islã. Durante o encontro com os enviados de 21 nações muçulmanas e da Liga Árabe em Castelgandolfo, perto de Roma, o Papa não fez nenhum pedido formal de desculpas ou perdão. Dos embaixadores convidados pela Santa Sé, apenas o do Sudão não compareceu.
Em resposta a Bento XVI, o embaixador do Iraque, Albert Yelda, um cristão, disse que "era tempo de deixar o ocorrido para trás e construir pontes entre as religiões". Mas o embaixador da Indonésia, a maior nação muçulmana do mundo, Bambang Prayitno, observou que não houve referência direta à palestra realizada na Alemanha e que causou a controvérsia. No discurso que fez na universidade de Regensburg, Bento XVI citou um texto do século XIV que definia Maomé como portador de "coisas más e desumanas como a difusão da fé por meio da espada". ""Esperávamos que houvesse um diálogo no encontro, mas não foi o caso", disse Prayitno.
A reunião durou meia hora e foi transmitida ao vivo pela rede árabe Al Jazeera. Após o discurso, o Papa cumprimentou todos os enviados, que puderam apenas lhe dizer algumas palavras ou lhe entregar uma carta.
Fonte: Jornal Correio do Povo