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Palácio do MP sedia discussões filosóficas sobre nazismo e violência nos tempos atuais
Em comemoração ao Dia da Justiça, celebrado no último dia 08, o
Ministério Público e a AMP/RS promoveram evento em parceria com a
Academia Brasileira de Filosofia. A atividade foi realizada na última
sexta-feira (9), no Palácio do MP, no centro de Porto Alegre, quando o
presidente da entidade, Prof. Dr. João Ricardo Moderno, ministrou a
conferência “Heidegger: da violência do nazismo à violência dos dias de
hoje”.
Em comemoração ao Dia da Justiça, celebrado no último dia 08, o Ministério Público e a AMP/RS promoveram evento em parceria com a Academia Brasileira de Filosofia. A atividade foi realizada na última sexta-feira (9), no Palácio do MP, no centro de Porto Alegre, quando o presidente da entidade, Prof. Dr. João Ricardo Moderno, ministrou a conferência “Heidegger: da violência do nazismo à violência dos dias de hoje”. Na abertura, a vice-presidente da AMP/RS Martha Silva Beltrame reiterou a importância de espaços de reflexão sobre as raízes filosóficas da violência e da Justiça. A dirigente também reafirmou a importância de atividades como essa, em que, a exemplo das Semanas do Ministério Público, consolidam um espaço de interlocução com a sociedade.
Ainda no início do evento, pepresentando o procurador-geral de Justiça, o procurador de Justiça e coordenador do Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição, Cesar Faccioli, ressaltou a relevância da iniciativa para “reduzir um perigoso delay entre academia e prática” e frisou a necessidade de discutirmos, também, as raízes da intolerância. Os trabalhos foram conduzidos pela promotora de Justiça Claudia Albuquerque e pelo pós-doutor em Psicologia Forense Jorge Trindade. O doutor em Letras e especialista em Literatura Grega Donaldo Schüler participou como debatedor.
Conferencista da noite, João Ricardo Moderno mostrou como a filosofia pode responder às perguntas urgentes da sociedade brasileira em relação à violência atual. Para tanto, ele explicou o envolvimento de Heidegger com o nazismo e os limites entre a produção da teoria do Existencialismo e a vida pessoal do autor. O controverso filósofo, autor de obras importantes para a construção do pensamento ocidental pós 2ª Guerra como “A Essência da Verdade” e “Ser e Tempo”, é a base da explicação de Moderno para a trajetória da violência desde o nazismo de Hitler até hoje. Moderno tratou, ainda, do contexto de segurança pública falida (e a convivência entre a violência institucional lícita e a ilícita), bem como o contraste entre dominação social e manutenção das garantias de direitos sociais.
PRESENÇAS
Prestigiaram o evento a ex-procuradora-geral de Justiça Simone Mariano da Rocha, o secretário-geral do MP, Benhur Biancon Júnior, os procuradores de Justiça aposentados Mário Cavalheiro Lisbôa e Vera Maria Feyh, a promotora Janine Borges Soares e outros membros do Ministério Público, servidores e acadêmicos.
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