OAB decide se pede impeachment do presidente Lula
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, encerrou há pouco, na manhã desta segunda-feira 98/5), sua fala ao abrir a sessão que julga a proposta de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que “a OAB está acima de qualquer ideologia; não perderemos a compostura nem fazemos parte do País do faz-de-conta". Busato garantiu que o assunto será discutido e conduzido pel Conselho Federal da entidade “sem truques, sem subterfúgios e sem cartas marcadas”.
Antes de passar a palavra ao relator da proposta, conselheiro federal Sergio Ferraz (Acre), Busato sustentou que a entidade dos advogados cumpre seu papel histórico “diante da mais longa crise política dos últimos tempos”. Uma crise que ele descreveu como uma cena trágica que está consumindo a República brasileira, que começou logo início de 2004 e se desenrola até aqui em três atos: o escândalo Waldomiro Diniz, o discurso do então deputado Roberto Jefferson e a denúncia ao procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza”.
Ele afirmou que o Conselho Federal da OAB, que discute a proposta do impeachment de Lula, tomará qualquer decisão, seja a favor ou contra, “de forma serena e tranqüila”. Observou que defenderá intransigentemente a posição que a maioria tomar, em nome da “história da entidade, em nome de sua altivez e de sua tradição".
Antes de encerrar, Busato reafirmou o que dissera ao presidente Lula, em audiência no dia 18 de abril, “ou seja, que estaríamos discutindo hoje esse assunto aqui, mas que não iríamos permitir que a Ordem se transformasse em palanque eleitoral”. E concluiu: “Estamos aqui hoje pela má conduta dos agentes públicos que gerou esse estado de calamidade na República brasileira.; a democracia é ato de coragem e se chegamos onde chegamos foi porque instituições que poderiam encontrar o caminho para essa crise não o encontraram”.
Fonte: Site da OAB
Impedimento passa por decisão da OAB
Sob o impacto da entrevista do ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira, a Ordem dos Advogados do Brasil decide nesta segunda-feira (8/5), em Brasília, se irá ou não ao Congresso pedir o impeachment do presidente Lula. O colégio da OAB é formado por 36 integrantes. São 27 conselheiros federais e nove membros honorários vitalícios. "A OAB não é partido político nem tem ideologia. É tribuna da cidadania, espaço público não-estatal a serviço da sociedade", afirmou, neste domingo (8/5), o presidente Roberto Busato. Acrescentou que, como em outros momentos dramáticos da história republicana brasileira, a OAB é chamada para exercer um protagonismo na cena política que não postula, mas do qual não pode fugir.
Fonte: Jornal Correio do Povo