O silêncio e a satisfação marcam o <br> trabalho de Ângela Cristina de Oliveira
Esta é a história de um olhar. Um olhar que observa minúcias. E que, por observar, enxerga e reconhece. E que por reconhecer, salva. Se salva. Esta é a história do olhar de Ângela Cristina D’ornelas de Oliveira, 30 anos – a tímida camareira e prestadora de serviços da Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (AMP/RS). Detentora daquele olhar que mira de baixo, desconfiado, mas que arrebata nos dois segundos de intensidade que penetra nos olhos de quem a fita, Cristina é de poucas palavras, prefere se comunicar consentindo ou desaprovando pela análise. “Eu vivo meu mundo observando. Refletindo. Ouvindo. Sou assim, vivo baseada nas coisas que vejo, eu me salvo e me liberto”, assegura. Na AMP/RS, discreta como o olhar, ela arruma a sala de recepção, dispõe os móveis dos flats, ajeita as camas, cuida com carinho do condomínio e atende aos associados – todos alentados pelo mesmo jeito peculiar de examinar o mundo. Confira você também o que está por trás dele no Espaço Colaboradores desta semana.