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O crack e a lei, por César Augusto Trinta Weber*

Crack, Nem Pensar é a campanha da RBS para sensibilizar a população aos danos causados pela droga. O fato de esta iniciativa ter origem no setor privado talvez decorra da sua própria responsabilidade social frente a tamanho perigo coletivo. Tal atitude demonstra que esta empresa de comunicação se lançou com toda a sua capacidade contra este corrosivo subproduto da cocaína. Difundiu em todas as suas mídias e com força máxima a sua mensagem. Diríamos, assim, que este setor está a cooperar por um mundo melhor.
01/12/2009 Atualizada em 21/07/2023 11:02:17
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Crack, Nem Pensar é a campanha da RBS para sensibilizar a população aos danos causados pela droga. O fato de esta iniciativa ter origem no setor privado talvez decorra da sua própria responsabilidade social frente a tamanho perigo coletivo. Tal atitude demonstra que esta empresa de comunicação se lançou com toda a sua capacidade contra este corrosivo subproduto da cocaína. Difundiu em todas as suas mídias e com força máxima a sua mensagem. Diríamos, assim, que este setor está a cooperar por um mundo melhor.



Agora, a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público entra nesta mesma luta, em âmbito ampliado, é verdade, mas por iniciativa dos promotores de Justiça do RS, com a campanha: “Crack, ignorar é seu vício!”. Poderíamos continuar a dizer que igualmente a esfera privada, a esfera pública, ou, melhor, parte desta está identicamente disposta a colaborar por um mundo melhor.



Mesmo assim, continuamos convivendo com as notícias, por um lado, de que vidas vêm se perdendo e, por outro, de que projetos de combate ao uso do crack vêm se somando. Contudo, apesar de todo este barulho, o Legislativo insiste em se manter “surdo”. Será que, de fato, ele não é capaz de ouvir a voz do seu povo, o mesmo povo que o elege?



Um dos três poderes da teoria de Montesquieu dá sinais de fadiga ao dar as costas ao grito da população. Além de não ouvir, descumpre, também, o que aprovou anos atrás: a obrigatoriedade de revisar, em cinco anos, a lei da reforma psiquiátrica no Estado. Para enfrentar a epidemia do crack, é necessário que tenhamos mais leitos em hospitais especializados, ou seja, em hospitais psiquiátricos. Na contramão da história, a reforma não só defende o fechamento como proíbe a abertura de novas vagas.



Caso não saibam os senhores deputados, para se tentar vencer o crack, entre outras ações, é necessário em primeiríssimo lugar que eles tenham a vontade e a determinação política de querer combatê-lo. Depois, que possibilitem as condições legais de acesso do usuário e de sua família a uma assistência capacitada ao manejo desta doença. A superação da crise, sem a fuga, sem o abandono do tratamento e sem o retorno ao uso da droga, requer um tempo tanto para que a medicação quanto para que a terapia exerçam os seus efeitos. Se isto for permitido, quem sabe, então, a sociedade ganhará esta batalha.



*MÉDICO
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