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Luiz Carlos Macedo Naconecy - uma relação de sete décadas com o Ministério Público
Dos 95 anos vividos pelo procurador de Justiça Luiz Carlos Macedo
Naconecy, 70 deles foram ligados ao Ministério Público do Rio Grande do
Sul. O ingresso na Instituição, em janeiro de 1946, foi a largada para
uma longa trajetória de atuação funcional, acadêmica e associativa.
Embora aposentado desde março de 1977, Naconecy sempre manteve os laços e
prestigiou alguns dos mais importantes eventos da classe. Fascinado por
astrologia, tema de seu último livro, o procurador faleceu nesta
segunda-feira (20), em Porto Alegre.
Dos 95 anos vividos pelo procurador de Justiça Luiz Carlos Macedo Naconecy, 70 deles foram ligados ao Ministério Público do Rio Grande do Sul. O ingresso na Instituição, em janeiro de 1946, foi a largada para uma longa trajetória de atuação funcional, acadêmica e associativa. Embora aposentado desde março de 1977, Naconecy sempre manteve os laços e prestigiou alguns dos mais importantes eventos da classe. Fascinado por astrologia, tema de seu último livro, o procurador faleceu nesta segunda-feira (20), em Porto Alegre.
Nascido na capital gaúcha, em 16 de dezembro de 1920, Naconecy fez sua graduação na Faculdade de Direito de Porto Alegre, em dezembro de 1945. A opção pela carreira se deu em virtude da vocação pela independência funcional de mente e de espírito. "Eu sempre gostei de trabalhar sozinho, sem influência de nenhuma autoridade. O direito é um instrumento de ordem prática dentro da lógica do razoável", definiu o próprio procurador, em entrevista ao Memorial do Ministério Público, no ano de 2008.
CARREIRA E APOSENTADORIA
Vinte dias depois da formatura, foi nomeado interinamente promotor público de Sarandi. Na sequência, passou por Santa Vitória do Palmar, Canguçu, Sobradinho e Soledade. Em 1947, prestou concurso público e classificou-se para a Comarca de Taquari, atendendo também São Jerônimo, General Câmara, Triunfo e Estrela. O promotor passou por cerca de 20 comarcas do interior, incluindo Santiago, São Sebastião do Caí e Pelotas, até que chegou a Porto Alegre. Na capital, trabalhou em diversas varas criminais, na 1ª Curadoria de Família e Sucessões, Curadoria de Acidente de Trabalho, 1ª Auditoria da Justiça Militar do Estado, 1ª Vara de Acidentes de Trânsito e na justiça eleitoral. Em 1969, foi promovido a procurador, por antiguidade, atuando junto à 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, na Criminal Especial, na Terceira Câmara criminal, e 1ª Câmara Cível Especial. Foi também suplente do corregedor do Ministério Público, no biênio 1973/1974. "Nessa função, entrevistei as primeiras mulheres a ingressarem no Ministério Público, em 1974", lembrou na entrevista ao Memorial. Após a aposentadoria, prestou concurso para professor na Faculdade Ritter dos Reis, na disciplina de Prática Forense. Participou de diversos congressos do Ministério Público, ministrou aulas de Processo Civil, publicou diversos artigos na Revista do Ministério Público e escreveu o livro intitulado “Curso de Direito Processual Civil” da Editora Revista dos Tribunais.
IDENTIFICAÇÃO COM TEMAS CLASSISTAS
Naconecy era um curioso inquieto. Não à toa, aproveitou a aposentadoria para viajar muito. Em um período de 10 anos, visitou 54 países por todo o mundo. Mas não abandonou as ligações com a classe. Embora tenha guardado certa distância da política associativa, o procurador fazia questão de votar nas eleições da AMP/RS (foto ao lado). Era, também, assíduo frequentador de encontros da classe, tendo participado de congressos, solenidades de posse a cada renovação na diretoria da AMP/RS e dos procuradores-gerais de Justiça. Isso sem falar dos tradicionais almoços de aposentados e pensionistas da Associação, na sede campestre. Foi lá, aliás, um de seus últimos encontros com os colegas, em dezembro do ano passado (foto ao alto), quando foi homenageado, ao lado dos demais aniversariantes do mês.
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