O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi homenageado nesta sexta-feira pelo Ministério Público gaúcho. Em evento realizado na Sala de Reuniões do prédio sede da Instituição, em Porto Alegre, Janot recebeu uma placa das mãos do procurador-geral de Justiça, Marcelo Dornelles por sua "atuação comprometida com o fortalecimento e aprimoramento do Ministério Público brasileiro e destaque na condução dos trabalhos à frente das investigações da Operação Lava Jato".



Na oportunidade, da qual participaram o presidente da AMP/RS, Sérgio Harris, e os vice-presidentes Martha Beltrame e João Ricardo Santos Tavares, o chefe do Ministério Público, os subprocuradores-gerais de Justiça Paulo Emílio Jenisch Barbosa, Fabiano Dallazen e Ana Cristina Cusin Petruci, o secretário-geral do MP, Benhur Biancon Jr; e a chefe de Gabinete da PGJ, Karin Sohne Genz, assinaram termo de apoio à campanha 10 Medidas contra a Corrupção, do Ministério Público Federal.



RECONHECIMENTO

Ao fazer uso da palavra, Marcelo Dornelles classificou o atual momento do país como histórico, por conta das mudanças que vêm acontecendo. "Desde as investigações sobre o Mensalão começou a se colocar em um patamar diferenciado a relação do sistema de justiça frente aos poderes político e econômico em nosso país. Como a Operação Lava Jato tomou uma proporção ainda maior, queremos dizer que esse momento ímpar na República e na democracia brasileira, com as instituições funcionando a pleno vapor, com efetiva independência das autoridades policiais, dos membros do Ministério Público, dos integrantes do Poder Judiciário e do próprio Parlamento – haja visto que a ampla maioria do Senado aprovou seu nome à recondução – tem muito a ver com o Ministério Público brasileiro, que é visto pela sociedade como sinônimo de esperança". Dornelles ressaltou a importância de o Ministério Público brasileiro contar com personagens como Rodrigo Janot. "Nesse momento institucional, precisamos de lideranças que assumam e conduzam essas questões".



MÉRITO COMPARTILHADO

Sem querer assumir o protagonismo, o procurador-geral da República e presidente do CNPG preferiu compartilhar os méritos com toda a classe. "Agradeço, sensibilizado, a homenagem. Mas peço licença para recebê-la em nome de todos os integrantes do Ministério Público brasileiro. Uma andorinha só não faz verão. Um promotor, por si só, não teria condição de conduzir uma investigação dessa magnitude", disse, em referência à Lava Jato. Segundo Janot, o trabalho é coletivo e profissional. "Está de parabéns o MP brasileiro, porque tem se profissionalizado em sua atuação e tem buscado metas. Nesse processo todo pelo qual estamos passando, não vejo o fim do mundo, mas um luminoso amanhecer. As instituições estão funcionando, apesar de tudo. Judiciário, Legislativo, Ministério Público e Executivo vêm se consolidando. Sou um otimista diante de tudo que enfrentamos. As lições positivas nas nossas vidas profissionais são visíveis. Sairemos dessa situação muito mais fortes do que entramos. Doloridos e com cicatrizes, mas fortalecidos", observou.



PRESENÇAS

Acompanharam o evento o corregedor-geral do MP, Ruben Giugno Abruzzi; os ex-procuradores-gerais de Justiça Eduardo de Lima Veiga, Cláudio Barros Silva, Roberto Bandeira Pereira e Mauro Renner, atual ouvidor do MP/RS. Ainda, O procurador-chefe da Procuradoria Regional da República da 4ª Região, Marco André Seifert; o secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, César Luís Faccioli; promotores e procuradores de Justiça.