Centenas de colegas, autoridades e convidados prestigiaram a posse da nova diretoria e do Conselho de Representantes da AMP/RS, realizada no final da tarde de segunda-feira (12), no Auditório Mondercil Paulo de Moraes, na sede do Ministério Público estadual. A diretoria executiva tem o promotor de Justiça Sérgio Harris como presidente, reeleito, e estará à frente da entidade ao longo do biênio 2016-2018.



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A Sessão Solene teve início com a leitura da ata de posse do corpo diretivo, feita pelo secretário da gestão anterior, promotor Marcelo Tubino Vieira, e seguida pelas assinaturas dos termos por Harris e os vice-presidentes Martha Beltrame, João Ricardo Santos Tavares, Andrea Almeida Machado e Antonio Carlos Hornung, além do secretário, André de Azevedo Coelho, e do tesoureiro, Fernando Andrade Alves.



Também assinaram a ata os membros do Conselho de Representantes, Delmar Pacheco da Luz, Edgar Luiz de Magalhães Tweedie, Júlia Ilenir Martins, Nilson Ubirajara da Rosa Pacheco, Ubaldo Alexandre Licks Flores e os suplentes Erico Fernando Barin, Luiz Carlos Prá e Vercilei Lino Serena.









Em seu discurso de posse, Harris enfatizou a satisfação de continuar trabalhando em defesa da instituição e dos associados, principalmente em um momento em que o MP se destaca pela excelência no combate à corrupção e, ao mesmo tempo, passa por um momento de enfrentamento de uma série de ataques institucionais por parte do Congresso Nacional. Aos presentes, destacou também o papel vigilante da entidade no enfrentamento dos “embates que aguardam o MP”, como a votação da PEC do Executivo estadual que altera o cálculo do doudécimo, a desconfiguração do pacote anticorrupção na Câmara dos Deputados, a iminente apreciação do projeto de abuso de autoridade e a reforma da Previdência, e enfatizou os “ideais e espírito de luta” que conduzirão os próximos dois anos de trabalho da nova diretoria “com altivez e coragem”.



O dirigente também elencou cada um dos colegas da diretoria executiva, destacou a formação do novo Conselho de Representantes e da diretoria ampla e enfatizou a defesa da classe de Promotores, Procuradores e pensionistas que representa. “Lutaremos com plena confiança, em todos os campos de batalha, para mostrar para a sociedade gaúcha e brasileira que a maior vítima de um Ministério Público fraco e dependente é a própria população, que vai ficar sem o seu destemido e bravo, mas não único, parceiro do bom combate”, disse.



CRENÇA NA INSTITUIÇÃO

O presidente disse ainda que o grupo provará, mais uma vez, a capacidade “de defender o Ministério Público, e de resistir aos desmandos antidemocráticos, exatamente como as nossas gerações anteriores fizeram”, pois “desistir não é uma opção”! Ao agradecer o apoio maciço da classe, que elegeu a nova diretoria com 87% dos votos, reconheceu também a grande responsabilidade e a motivação que tem na tarefa. Ciente das “dificuldades, incompreensões e ataques bem e mal intencionados” que o trabalho impõe, disse ainda acreditar que sairão ainda mais fortalecidos do processo, pois “quem luta com o coração limpo, com bons propósitos, com a missão constitucional pura e simples de construir uma sociedade melhor e combater a criminalidade, a corrupção, proteger a infância e o meio ambiente, a saúde alimentar, não pode ser derrotado. Não será derrotado”.



Citando Ghandi, Harris encerrou seu discurso dizendo que “o medo tem alguma utilidade, mas a covardia não” e reforçando sua crença no Ministério Público como Instituição. “Não é uma visão idealizada, é óbvio que precisamos de ajustes, mas não há nenhum erro dentro da nossa Instituição que o próprio Ministério Público não seja capaz de corrigir”, finalizou.



MP FORTE, SOCIEDADE PROTEGIDA

Presente ao ato, a presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP), entidade que congrega as associações de classe nacionais, Norma Cavalcanti, destacou a parceria e o trabalho incansável e representativo de Harris à frente da AMP/RS. “A reeleição com votação consagrada o eleva ao ápice de líder nacional. Seu trabalho nesses dois anos à frente da entidade, de forma coerente, vigilante e em defesa das prerrogativas do MP, representa a união da classe e o protagonismo da Associação gaúcha”, disse. A dirigente nacional também abordou o momento delicado que o MP e o Brasil enfrentam e reforçou que a Instituição precisa de liberdade para agir, investigar e predisposição para o diálogo amplo. “Somos homens e mulheres de bem, em defesa do Estado Democrático de Direito. Querem nos punir, mas resistiremos, vale a pena lutarmos pelo Brasil. O MP não desistirá do Brasil. MP forte, sociedade protegida”, completou Norma.



A manifestação final ficou a cargo do procurador-geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles, que, de maneira informal, destacou o reconhecimento que a direção da AMP/RS tem dos colegas associados e o apoio maciço demonstrado na eleição. “Time que está ganhando não se mexe”, apontou, reforçando o apoio e parceria institucional ao trabalho da Associação. O comandante do MP gaúcho falou ainda da crise política brasileira, resultante da crise ética e moral, e do trabalho do MP no combate à corrupção. “O momento é difícil, mas seguiremos sempre trabalhando, com união interna e externa, para enfrentar todos esses problemas”, encerrou.



Após a solenidade, diretorias empossadas, convidados e familiares confraternizaram em um coquetel oferecido pela Associação, no restaurante da sede do Ministério Público.



PRESENÇAS

A cerimônia foi prestigiada por representantes dos Poderes, como o vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adilson Troca; o defensor-público geral Cristiano Heerdt; o procurador de Justiça Militar do Município, Dimorvan Leite; o diretor presidente do IPE, José Alfredo Parode; o diretor presidente do IGP, Cleber Muller; a senadora Ana Amélia Lemos; os presidentes da Apergs, Luiz Fernando Barbosa dos Santos e da  Adpergs, Felipe Lavarda; a vice-presidente da Ajuris, Vera Deboni; além de representantes da Asdep, do TRF da 4ª Região, deputados estaduais; membros da diretoria do MP gaúcho e da FMP, promotores e procuradores de Justiça e do presidente da Associação Mineira do Ministério Público, José Silvério Perdigão de Oliveira.