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Notícias
Caso Rafael: denúncia do Ministério Público é acolhida integralmente e ré é condenada a 30 anos de reclusão
Com a leitura da sentença, a comunidade de Planalto se reuniu em frente ao Fórum da cidade para comemorar o resultado do julgamento com os promotores de Justiça, Michele Dumke Kufner, Diogo Taborda e Marcelo Tubino
Chegou ao fim, na noite desta quarta-feira, 18 de janeiro, o julgamento do caso Rafael Winques, que levou à condenação da mãe Alexandra Salete Dougokenski a 30 anos e dois meses de reclusão pela morte do menino. Após três dias de plenário, com uma acusação sólida e contundente, realizada pelos três promotores de Justiça, Michele Dumke Kufner, Diogo Taborda e Marcelo Tubino, junto do assistente à acusação, o advogado Daniel Tonetto, os jurados decidiram pela condenação da ré pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.
No final da noite, após a leitura da sentença da juíza Marilene Campagna, os promotores de Justiça e o advogado foram recebidos pela comunidade da cidade que celebrava o resultado do julgamento em frente ao Fórum do Município de Planalto.
A promotora de Justiça Michele Dumke Kufner relembra o empenho da comunidade de Planalto que se voltou às buscas do menino no início do caso e vê o resultado do julgamento como uma resposta à população da cidade. “Essa condenação representa uma vitória, principalmente, para a sociedade de Planalto que sempre se manteve incansável, como nos dias em que o Rafael estava desaparecido, momento em que pude presenciar as pessoas se mobilizando em buscas, divulgação e replicação de fotos em todos os meios de comunicação. E posteriormente quando Alexandra então confessa a prática do crime, com a mobilização para que a justiça fosse feita e ela fosse punida. Foi um processo no qual trabalhamos com muito cuidado, sempre analisando e ponderando muito todas as movimentações, porque tínhamos uma preocupação genuína com a coleta de provas que fossem fidedignas e que corroborassem o convencimento que sempre tivemos: de que Alexandra era a única culpada e deveria ser a única responsabilizada pela morte do filho”, afirmou a promotora de Justiça. "Com a sentença, nosso trabalho culminou em uma belíssima vitória, com a aplicação de uma pena exemplar e o acolhimento da denúncia oferecida. A sociedade nos recebeu de braços abertos. Recebemos o carinho, o respeito e o retorno da sociedade para qual temos nos dedicado de maneira incansável e integral. Conseguimos que a Justiça fosse concretizada, que a paz social retornasse ao seio da comunidade de Planalto e que uma ré má fosse punida severamente por ter matado o seu próprio filho. Agora o Rafael descansa e a sociedade fica em paz”, complementou Michele Dumke Kufner.
Emocionado pela recepção da população, Marcelo Tubino celebrou o encerramento de um caso que aguardava uma resolução desde o ano de 2020. “Experiência ímpar. Caso que exigiu enorme esforço dos órgãos de persecução. A conduta processual da defesa e por vezes algumas decisões judiciais descompassaram o andar do feito. Mas a dedicação e entusiasmo na certeza de estar fazendo o certo sempre nos deram força. Setores como biomédico, Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (CAOCRIM), Assessoria de Segurança Institucional (ASI), Núcleo de Inteligência do MPRS (NIMP), imprensa auxiliaram sobremodo a atuação. A personalidade dos colegas que atuaram no caso foram complementares, realmente, sem dificuldades, trabalhamos em equipe, muito naturalmente. Obtivemos condenação integral. E na saída recebemos o abraço da comunidade, calor humano que jamais esquecerei. Rafael descansou. Devolvemos dignidade a ele. Trouxemos paz àquela comunidade que tanto aguardava Justiça”, destacou o promotor de Justiça.
Para Diogo Taborda, a recepção da comunidade aos membros do Ministério Público e ao assistente à acusação foi um ato que simboliza o anseio da sociedade pelo desfecho do caso. “A comunidade de Planalto, representada pelo corpo de jurados, está de parabéns, pois acolheu o pedido do Ministério Público. Foi uma satisfação imensa ver o quanto a população estava empenhada em participar do julgamento, levando esta energia positiva para que o bem vencesse o mal. O Ministério Público cumpriu sua missão de fazer justiça neste caso absurdo, marcado por um crime praticado pela mãe contra o próprio filho dentro do seio familiar. Ao final de todo o julgamento, o Ministério Público conseguiu demonstrar cabalmente que foi a ré a culpada e que agiu sozinha. A recepção da comunidade abraçando o Ministério Público foi a maior recompensa que se poderia ter para uma situação dessas. Vejo como uma pena exemplar para que crimes desta natureza nunca mais ocorram”, emocionou-se o promotor de Justiça.
Entenda mais sobre o caso, clicando aqui para acessar o material explicativo do Ministério Público do Rio Grande do Sul.
FOTOS: Marcelo Kervalt/MPRS
No final da noite, após a leitura da sentença da juíza Marilene Campagna, os promotores de Justiça e o advogado foram recebidos pela comunidade da cidade que celebrava o resultado do julgamento em frente ao Fórum do Município de Planalto.
A promotora de Justiça Michele Dumke Kufner relembra o empenho da comunidade de Planalto que se voltou às buscas do menino no início do caso e vê o resultado do julgamento como uma resposta à população da cidade. “Essa condenação representa uma vitória, principalmente, para a sociedade de Planalto que sempre se manteve incansável, como nos dias em que o Rafael estava desaparecido, momento em que pude presenciar as pessoas se mobilizando em buscas, divulgação e replicação de fotos em todos os meios de comunicação. E posteriormente quando Alexandra então confessa a prática do crime, com a mobilização para que a justiça fosse feita e ela fosse punida. Foi um processo no qual trabalhamos com muito cuidado, sempre analisando e ponderando muito todas as movimentações, porque tínhamos uma preocupação genuína com a coleta de provas que fossem fidedignas e que corroborassem o convencimento que sempre tivemos: de que Alexandra era a única culpada e deveria ser a única responsabilizada pela morte do filho”, afirmou a promotora de Justiça. "Com a sentença, nosso trabalho culminou em uma belíssima vitória, com a aplicação de uma pena exemplar e o acolhimento da denúncia oferecida. A sociedade nos recebeu de braços abertos. Recebemos o carinho, o respeito e o retorno da sociedade para qual temos nos dedicado de maneira incansável e integral. Conseguimos que a Justiça fosse concretizada, que a paz social retornasse ao seio da comunidade de Planalto e que uma ré má fosse punida severamente por ter matado o seu próprio filho. Agora o Rafael descansa e a sociedade fica em paz”, complementou Michele Dumke Kufner.
Emocionado pela recepção da população, Marcelo Tubino celebrou o encerramento de um caso que aguardava uma resolução desde o ano de 2020. “Experiência ímpar. Caso que exigiu enorme esforço dos órgãos de persecução. A conduta processual da defesa e por vezes algumas decisões judiciais descompassaram o andar do feito. Mas a dedicação e entusiasmo na certeza de estar fazendo o certo sempre nos deram força. Setores como biomédico, Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (CAOCRIM), Assessoria de Segurança Institucional (ASI), Núcleo de Inteligência do MPRS (NIMP), imprensa auxiliaram sobremodo a atuação. A personalidade dos colegas que atuaram no caso foram complementares, realmente, sem dificuldades, trabalhamos em equipe, muito naturalmente. Obtivemos condenação integral. E na saída recebemos o abraço da comunidade, calor humano que jamais esquecerei. Rafael descansou. Devolvemos dignidade a ele. Trouxemos paz àquela comunidade que tanto aguardava Justiça”, destacou o promotor de Justiça.
Para Diogo Taborda, a recepção da comunidade aos membros do Ministério Público e ao assistente à acusação foi um ato que simboliza o anseio da sociedade pelo desfecho do caso. “A comunidade de Planalto, representada pelo corpo de jurados, está de parabéns, pois acolheu o pedido do Ministério Público. Foi uma satisfação imensa ver o quanto a população estava empenhada em participar do julgamento, levando esta energia positiva para que o bem vencesse o mal. O Ministério Público cumpriu sua missão de fazer justiça neste caso absurdo, marcado por um crime praticado pela mãe contra o próprio filho dentro do seio familiar. Ao final de todo o julgamento, o Ministério Público conseguiu demonstrar cabalmente que foi a ré a culpada e que agiu sozinha. A recepção da comunidade abraçando o Ministério Público foi a maior recompensa que se poderia ter para uma situação dessas. Vejo como uma pena exemplar para que crimes desta natureza nunca mais ocorram”, emocionou-se o promotor de Justiça.
Entenda mais sobre o caso, clicando aqui para acessar o material explicativo do Ministério Público do Rio Grande do Sul.
FOTOS: Marcelo Kervalt/MPRS
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