Boca-a-boca é o mais forte canal de comunicação <br> de investimentos sociais e ambientais
Embora os balanços sociais sejam um dos instrumentos mais utilizados pelas empresas para divulgar seu lado responsável, são poucos os consumidores conscientes que recorrem ao documento para se informar sobre a atitude das corporações. A afirmação é parte da pesquisa "O Desafio da Credibilidade na Comunicação de Ações de Responsabilidade Social e Ambiental", realizada pela Market Analysis, empresa de Florianópolis. O diretor da Market, Fábian Echegaray, apresentou um resumo do trabalho na tarde desta quarta-feira (26/7), em Porto Alegre, durante o Fórum Futuro Sustentável, promovido pela revista Amanhã e pelo Instituto Amanhã.
O evento faz parte do projeto Futuro Sustentável, série de cartilhas que circula encartada na revista. Conforme o presidente da Revista e do Instituto Amanhã, Jorge Polydoro, o debate proporcionado pelo Fórum é uma forma de agregar o conhecimento de muitos profissionais, executivos das grandes empresas, num projeto que não só divulga idéias, mas estimula a criação de ações eficazes para o desenvolvimento sustentável. O debate servirá de fonte para o conteúdo do último número da série, a ser publicado em setembro próximo.
Segundo a pesquisa da Market Analysis, apenas um em cada oito consumidores informados sobre ações de responsabilidade socioambiental no país buscou estas informações no balanço social. A principal fonte de informação é a imprensa, seguido da propaganda. Echegaray, da Market Analisys, alerta para outra particularidade do consumidor consciente brasileiro. “No Brasil, o boca-a-boca é muito mais forte como canal de divulgação dos investimentos sociais e ambientais do que nos outros países. Aqui, quase metade (48%) dos consumidores informados se aproveitaram das conversas com amigos ou parentes para saber das atividades empresariais. Nos Estados Unidos, o papel desse “ator” só impacta em 36% dos consumidores”, comentou o diretor da empresa de pesquisa.
O Fórum contou com a presença de executivos de grandes companhias e ONGs, como Maria Elena Johannpeter (presidente da Parceiros Voluntários), Otávio Pontes (diretor da StoraEnso), Cristiane Ronza (analista de risco socioambiental do Banco Real), Norbert Luckow (gerente de meio ambiente e saúde da AGCO), José Maria Mendes (VCP Florestal), Torvaldo Marzolla (Coordenador do Conselho de Meio Ambiente da FIERGS), entre outros. Além disso, o secretário estadual do Meio Ambiente, Cláudio Dilda, fez questão de salientar, em seu discurso de abertura, que iniciativas como a da revista e Instituto Amanhã são necessárias e precisaram ganhar ainda mais apoio de governos e empresas. “Porque o futuro sustentável só será realidade com planejamento. Caso contrário, o futuro será um desastre irreversível. Necessitamos de iniciativas arrojadas assim”.
O projeto Futuro Sustentável é desenvolvido pelo Núcleo de Projetos Especiais da revista Amanhã, coordenado pelo Instituto Amanhã e tem o apoio do Centro Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. Patrocinam a série de cartilhas as empresas Gerdau, Braskem, Santander Banespa, Refap, Aracruz, Doux Frangosul, FIERGS e Caixa RS.
Fonte: Site Pauta Social