A secretária-adjunta da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), Paulina Vieira Duarte, anunciou nesta quinta-feira, 20 de agosto, a realização de um estudo de prevalência e padrões de consumo de crack em 16 municípios gaúchos e a aplicação de 11 projetos de pesquisas clínicas com usuários da droga. Esta ampla pesquisa para prevenção e tratamento será desenvolvida através de uma parceria do Governo Federal (através da Senad e Pronasci) com a AMP/RS, UFRGS e Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. Os dados serão divulgados em março de 2010 durante Congresso Internacional que terá coordenação da AMP/RS, com apoio da Cufa/RS.



O anúncio foi feito durante reunião do Comitê Estadual de Luta contra o Crack, coordenado pelo deputado Fabiano Pereira (PT). Segundo o presidente da AMP/RS, Marcelo Dornelles, a entidade vem desenvolvendo há alguns meses um projeto de pesquisa que possa auxiliar na identificação do perfil dos usuários de crack e das formas mais eficazes de tratamento. “Através da campanha Crack – Ignorar é seu vício? percorremos diversas cidades do Estado e percebemos algumas carências na rede que atua na prevenção, tratamento ou repressão ao crack. Uma das demandas dos agentes públicos é a informação exata sobre o perfil do usuário e os tratamentos mais adequados”, conta o presidente da AMP/RS.



Ao apresentar Programa de Ações Integradas de Prevenção ao Uso de Drogas e Violência na Assembléia Legislativa, onde também estavam presentes os promotores Miguel Velasques, Rodrigo Schöeller de Moraes e Nilson de Oliveira Rodrigues Filho, a secretária do Senad destacou o pioneirismo do Rio Grande do Sul no enfrentamento ao crack “O Rio Grande do Sul é o primeiro Estado que está discutindo abertamente o problema e mobilizando os diversos setores da sociedade na busca de soluções”. Ela também agradeceu a parceria da Associação do Ministério Público. “Apresentamos para AMP/RS os projetos que estamos desenvolvendo e o presidente Marcelo Dornelles nos indicou algumas necessidades específicas do Estado, que nos permitiu aprimorar os projetos no Rio Grande do Sul”.



Também faz parte da parceria da Associação com o Senad, Ufrgs e ONU a realização, em março de 2010, de um Congresso Internacional sobre o crack, que será coordenado pela AMP/RS. “A divulgação inicial dos dados desta grande pesquisa será feira neste Congresso e nos dará uma fotografia real da situação do crack no Estado, principalmente no que se refere a consumo e tratamento”, revela Dornelles.

De acordo com Paulina, o Programa de Ações Integradas de Prevenção ao Uso de Drogas e Violência investirá nos 16 municípios que integram o Pronasci no Rio Grande do Sul R$ 11 milhões.