Quase três meses depois de visitar a Associação do Ministério Público, o pré-candidato do PT ao governo do Estado, Tarso Genro, retornou à sede administrativa da entidade de classe na tarde desta quinta-feira. Se na primeira ocasião Tarso buscava o compartilhamento de opiniões e projetos para execução a partir do próximo ano, em caso de vitória na eleição, agora foi a vez de receber uma série de sugestões apresentadas por membros do MP gaúcho sobre temas que poderiam receber atenção especial do Palácio Piratini.



Durante o encontro, o presidente Marcelo Dornelles elencou uma série de propostas formuladas a partir dos colegas da classe. Entre elas, a Promotoria do Patrimônio Público sugeriu o aparelhamento da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage) para otimizar sua atuação como órgão de controle interno da administração e a criação de mecanismos de identificação dos cheques e outros documentos usados em pagamentos das chamadas pequenas despesas públicas. A Promotoria de Crimes Licitatórios propôs, por exemplo, a preferência por licitação na modalidade pregão, em vez do convite.



Por parte das Promotorias Criminais, 13 itens foram apresentados ao pré-candidato petista. Dornelles apontou como ponto importante para o próximo governo o investimento em presídios pequenos, para no máximo 100 detentos, em diferentes municípios. “As comunidades não podem ser contrárias à construção de casas prisionais em suas cidades, porque todos os municípios têm criminosos, de maior ou menor potencial”, observou. A construção de presídios de segurança máxima para até 300 apenados, além do investimento na atuação preventiva nas escolas e com adolescentes, especialmente com foco na redução da oferta e do uso de drogas, também foi destacada pelo dirigente.



Depois de receber o documento, Tarso se mostrou entusiasmado com a disponibilidade do Ministério Público em colaborar com o governo estadual na busca de alternativas para melhorar a qualidade da gestão e se comprometeu a analisar as propostas com atenção. “Podemos voltar a conversar em outras oportunidades e ampliar essas discussões. Esse canal de comunicação com o governo, no caso de sermos eleitos, será fundamental para criar um novo modelo de gestão até mesmo para o país”, finalizou o petista.



Também participaram da reunião os procuradores de Justiça Mauro Renner, Cláudio Barros, Júlia Martins, Eduardo de Lima Veiga e Antônio Carlos Hornung, além dos promotores David Medina da Silva e Victor Hugo de Azevedo Neto, Mauro Souza e Tiago de Menezes Conceição.