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A difícil prática da responsabilidade social

A sexta edição do Prêmio Ethos-Valor, concurso para estudantes universitários sobre responsabilidade social das empresas e desenvolvimento sustentável, foi vencida pelo aluno da Escola de Administração da UFGRS, Daniel Von der Heyde Fernandes, sob a orientação da professora Rosinha da Silva Machado Carrion. O trabalho foi desenvolvido no Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Estudos sobre o Terceiro Setor (Nipets) e abordou o tema "Assédio Moral no trabalho: um estudo com suspiros etnográficos das relações de poder nas empresas."
18/07/2006 Atualizada em 21/07/2023 10:57:17
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A sexta edição do Prêmio Ethos-Valor, concurso para estudantes universitários sobre responsabilidade social das empresas e desenvolvimento sustentável, foi vencida pelo aluno da Escola de Administração da UFGRS, Daniel Von der Heyde Fernandes, sob a orientação da professora Rosinha da Silva Machado Carrion. O trabalho foi desenvolvido no Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Estudos sobre o Terceiro Setor (Nipets) e abordou o tema Assédio Moral no trabalho: um estudo com suspiros etnográficos das relações de poder nas empresas.


O processo de invalidação do outro por inveja e disputa frqüente nas relações de trabalho, e o agressor costuma agir de modo sutil: “tu só diz besteira, ele é bonzinho, mas...”. Segundo Rosinha Carrion, o trabalho de Daniel alerta para a necessidade das empresas envolvidas em projetos de responsabilidade social estarem atentas para o problema do assédio. “De que maneira uma empresa pode considerar-se socialmente responsável se convive com práticas de assédio moral em suas relações?”, pergunta a professora.


Partindo desta questão pontual, a socióloga, que coordena o Nipets, desde sua criação em 1996, explica o que é responsabilidade social das empresas, quando começa esta preocupação, como ela se dá na prática e quais os seus entraves. Ela cita ainda a responsabilidade civil e apregoa a responsabilidade moral. “O problema do país, hoje, é tão sério que não posso fuçar apenas na posição de alguém que planta uma semente. Tenho também que agir no nível do político”.


Novo paradigma


Numa Escola de Administração de excelência, como a da UFRGS, que tem por foco tradicional de ação a gestão de negócios e a valorização do capital, o desenvolvimento de competências sociais e de profissionais conscientes e comprometidos com as necessidades sociais é um trabalho que ainda reúne um pequeno grupo de professores. Na opinião da socióloga Rosinha Carrion, isso ocorre porque não existe na universidade e na sociedade como um todo a tradição de trabalhar a gestão social.


Hoje em dia, além da gestão de empresas, está se estruturando a cultura da gestão social. Mas não se trata simplesmente de estender, ou transpor o conhecimento desenvolvido para gerenciar empresas privadas para a gestão de organizações sociais (ONG´s, associações, Cooperativas, etc). Porém, conforme explica a professora, isso não impede que o conhecimento desenvolvido, por exemplo acerca dos processos de aprendizagem organizacional ou de desenvolvimento de competências, seja incorporado para a gestão das organizações de caráter social.


O discurso da responsabilidade social nasce no Brasil paralelamente à implantação dos programas de qualidade total dos anos 90. Num momento de crise social profunda, cerca de 40 dos mais expressivos grupos empresariais brasileiros resolveram integrar e racionalizar as ações sociais, o que já vinha sendo feito de forma isolada. Nasceu então o Grupo de Instituições, Fundações e Empresas (Gifes), em 1995. “Sem dúvida nenhuma havia um sensibilização para os problemas sociais”, avalia Rosinha.


Responsabilidade social das empresas, entretanto, não tem nada a ver com responsabilidade civil, esclarece a professora. “A empresa pode fazer o seu programa de responsabilidade social hoje e deixar de faze-lo amanhã”. Em 1999, foi promulgada a Lei 9790/99 do Terceiro Setor, criando as Organizações de Sociedade Civil de Interesse Público, as ocips – tendência mundial que movimenta uma quantidade enorme de recursos em diversos continentes, eliminando a burocracia e criando uma forma ágil e transparente de parceria entre o Estado e a sociedade.


No Brasil isto ocorre quando o estado percebeu que havia custo para se realizar uma ação social local. Rosinha diz que esta lei veio higienizar o setor, desmascarando verdadeiros patrimônios familiares sob o disfarce de instituições filantrópicas. Com a lei, todas as instituições filantrópicas tiveram um prazo para optar ou não pela nova designação, passando de filantrópicas para ocips e, como tais, pdendo

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