O plenário da Câmara de Vereadores esteve lotado na noite de terça-feira, 25 de maio, durante a abertura da VII Semana do Ministério Público, promovida pela Promotoria de Rio Grande e pela Associação do Ministério Público.



O procurador de Justiça de São Paulo Edilson Mougenot Bonfim, conhecido em todo país pela sua atuação no Tribunal do Júri, foi a principal atração da noite.

Em seu pronunciamento durante a solenidade de abertura do evento, o presidente da AMP/RS,  falou especialmente como os estudantes, presentes em grande número no local.



Segundo ele, eventos como a Semana do MP são fundamentais para que os acadêmicos conheçam mais sobre a carreira na Instituição. “Os promotores e procuradores de Justiça ainda são minoria nas universidade, o que faz com que a visão individualista do direito prevaleça hoje”.  Ele também destacou o empenho dos promotores locais na realização do encontro e a qualidade da programação que, além de procurador Bonfim, terá os gaúchos Lúcia Helena de Lima Callegari, Thiago de Menezes Conceição, Gilmar e Márcio Schlee Gomes, promotor de Rio Grande que tem se destacado por sua atuação como promotor do Juri.

O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Afonso Armando Konzen, participou das atividades, representando a Procuradora-Geral de Justiça. Em sua manifestação disse que as atividades da Semana do MP de Rio Grande serão uma oportunidade de debater as ações da Instituição a partir das suas atribuições históricas.

A palestra

Apresentado pelo promotor Márcio Schlee, de gestos largos e discurso envolvente, o convidado especial do encontro prendeu a atenção da platéia durante toda sua explanação. “Não podemos separar as funções, este é promotor, aquele é juiz ou outro é advogado, como se um fosse Caim e o outro Abel e não se gostassem.

Somos filhos da mesma mãe Themis a Deusa da Justiça que nos concebeu para operá-la”, disse ele ao iniciar sua manifestação. “A Justiça não é propriedade da Magistratura, do Ministério Público ou da Advocacia. Não é dita em palavras, mas exteriorizada em ações”. Segundo Bonfim ninguém pode apontar o pecado alheio com o dedo sujo na mão, por isso devem se tornar mais maduros e responsáveis àqueles que escolhem a carreira de promotor de Justiça.

Provocado por questionamentos do público, ele abordou o problema da superpopulação carcerária e da falta de estrutura nos presídios. “Ao Ministério Público cabe fiscalizar, mas não são os Promotores que têm a chave do cofre. E o dinheiro que às vezes falta para investir nestas estruturas é o mesmo que o Ministério Público tenta reaver quando investiga crimes de corrupção”.

Presentes

Entre os presentes na abertura da Semana do MP de Rio Grande, estiveram também o procurador de Justiça Luiz Inácio Vigil Neto; a coordenadora da Promotoria de Rio Grande, Susiane Bicca Mespaque Madruga; os promotores Carla Souto Pedrotti, Erico Rezende Russo, Marcelo Thormann,  Natália Calvo, José Alexandre da Silva Zachia Alan, Luciara Robe da Silveira Pereira; o representante do Prefeito, Edes Cunha; o presidente da Câmara de Vereadores, Renato Espíndola Albuquerque, a juíza de Direito da Comarca de Rio Grande, Dóris Müller Kluf; o representante do diretor do Foro do Município, Luiz Antônio Saude Teles; o defensor público da Comarca, Evandro Pituco; o representante do Reitor da FURG, Cláudio Medina, entre outros.

A programação da VII Semana do Ministério Público segue até esta quinta-feira, 28, com palestras da promotora Lúcia Helena Callegari, Thiago de Menezes Conceição, Gilmar Bortolotto e Márcio Schlee Gomes. Todas atividades acontecem na Câmara de Vereadores