A sociedade gaúcha deu, na tarde deste domingo (4), uma nova prova de apoio ao trabalho desenvolvido pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário. Durante o ato público realizado no Parque Moinhos de Vento, convocado pelas redes sociais contra a votação da Câmara dos Deputados que desfigurou o projeto chamado Dez Medidas contra a Corrupção, existia uma voz única contrária às alterações legislativas que embaracem o combate à corrupção.





A iniciativa de um grupo de promotores e procuradores de Justiça que
participou do evento foi apoiada pela AMP/RS. Vestidos com camisetas
pretas com dizeres em defesa da Instituição, cerca de uma centena de
membros da classe receberam diversas manifestações de solidariedade dos
manifestantes que ocupavam a Avenida Goethe, entre as ruas Mostardeiro e
24 de Outubro.



Para a vice-presidente administrativa e
financeira da entidade, Martha Beltrame, os agentes do sistema de
justiça não podem ter receio de exercer suas funções. Segundo ela, a
presença no evento foi apartidária e não institucional e também não
representou recusa a eventuais mudanças. A preocupação era com a
tentativa de intimidação que está em curso e ficou cristalizada na
votação surpreendente daquela madrugada, entre outras que vêm sendo
debatidas no cenário legislativo. "Estamos em estado de mobilização
permanente. Não podemos nos calar", completou.





Conforme o
subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Fabiano
Dallazen, foi um movimento natural de procuradores e promotores de
Justiça, do Interior e da Capital, que estiveram juntos contra a
corrupção. “Foi muito gratificante ver a reação das pessoas, que a todo o
momento vinham falar conosco demonstrando seu apoio ao trabalho do
Ministério Público”, contou ele.