Membros do Ministério Público que atuam na região do Vale do Taquari participaram, na noite desta terça-feira (5), de um encontro, na Promotoria de Justiça de Lajeado. Na oportunidade, divida em dois momentos e que contou com as presenças do presidente da AMP/RS, Victor Hugo Azevedo, e do subprocurador-geral Marcelo Dornelles, foram tratados diversos assuntos de interesse institucional e associativo. Destaque para a transparência com que vêm sendo conduzidas pela entidade de classe todas as questões encaminhadas junto à Administração Superior.



Victor Hugo conversou com os colegas a respeito de diferentes assuntos. Explicou os movimentos da AMP e da Conamp, em Brasília, no acompanhamento e nas abordagens dos projetos de lei e propostas de emenda à Constituição que afetam a rotina, os direitos e as atribuições do Ministério público e de seus agentes. O dirigente ressaltou, ainda, a política da Associação no tratamento desses e outros temas. "Queremos disponibilizar à classe o acesso a todas as demandas que são encaminhadas à Procuradoria-Geral, assim como os desdobramentos desses e de outros temas, com a maior clareza e transparência. Por isso, temos mantido atualizadas as informações que são postadas em área de acesso restrito, no site da AMP/RS", observou.



COMBATE ÀS DROGAS

Em outro momento, um debate sobre a prevenção e combate ao uso de drogas foi promovido pela coordenadora do Núcleo da AMP no Vale do Taquari, Velocy Pivatto. O subprocurador Marcelo Dornelles, que também é o presidente do Instituto Crack Nem Pensar, dividiu com os promotores presentes um pouco de sua experiência nesta área. Também fizeram parte da mesa, o promotor de Justiça Sérgio Diefenbach e o diretor do Foro de Lajeado, Luís Antônio de Abreu Johnson.



Dornelles falou sobre a campanha que coordenou quando presidiu a AMP/RS, chamada Crack - Ignorar é o seu vício? “Aprendemos muito nesta caminhada, interagindo com diferentes áreas do conhecimento. Vimos que é muito difícil atuar na prevenção ao uso de drogas e, por isso, é preciso investir em capacitação”, frisou.

Para o subprocurador, só a atuação em rede, através de ações articuladas, é capaz de enfrentar, ainda que minimamente, este problema. Dornelles disse também que, nesse cenário, cabe ao promotor atuar, além das formas tradicionais, como agente político de transformação social.



O promotor Sérgio Diefenbach, que preside o Fórum Municipal de Enfrentamento à Drogadição, em Lajeado, também falou sobre a importância da atuação em rede. “Integram o grupo todas as áreas que têm interface com esta problemática: saúde, educação e prevenção. A intenção era proporcionar um espaço para que a gente se conhecesse e trabalhasse de forma articulada. Para nossa surpresa, realmente não nos conhecíamos”, revelou.



O juiz Luís Antônio Johnson abordou a importância da intervenção qualificada na internação compulsória. “Temos uma experiência positiva em São Luiz Gonzaga, onde, além do atendimento ambulatorial, nos Centros de Atendimento Psicossociais, existe uma unidade de desintoxicação no hospital local, exclusiva para dependentes químicos, com atuação de uma equipe multidisciplinar”, completou.



PRESENÇAS

As atividades foram acompanhadas pelos promotores Ederson Vieira, Jair Franz, Neidemar Fachinetto, Daniel Cozza Bruno, Mônica Maranghelli de Ávila, Paulo Estevam Araújo, Pedro Rui Porto e Fernanda Braun.