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Promotora de Justiça concede entrevista coletiva online sobre o caso Rafael

Ministério Público protocolará a denúncia contra Alexandra Dougokenski, mãe do menino, na tarde desta sexta-feira, 10 de julho
10/07/2020 Atualizada em 21/07/2023 11:01:22
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O caso da morte do menino Rafael Mateus Winques, de 11 anos de idade, asfixiado pela mãe, que ocorreu na cidade de Planalto (RS), em 15 de maio, repercutiu e chocou todo país. Inicialmente, acreditava-se que o menino estava desaparecido. No entanto, mais tarde, a mãe da criança, Alexandra Dougokenski, confessou o crime. Nesta sexta-feira, 10 de julho, o Ministério Público do Rio Grande do Sul protocolou a denúncia contra ela.



Para falar do caso, a promotora de Justiça Michele Dumke Kufner concedeu entrevista coletiva online, transmitida no youtube, no início da tarde desta sexta-feira, 10 de julho.



No início da coletiva, a promotora destacou que o Ministério Público fez um somatório de forças, inteligências e ferramentas para que pudessem desenvolver o trabalho no município de Planalto.



Denúncia do Ministério Público

A denúncia apresentada ao judiciário pelo Ministério Público é composta de quatro crimes: homicídio doloso (com intenção de matar), ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual. No caso do homicídio doloso existem quatro qualificadoras: motivo torpe, motivo fútil, asfixia mecânica, dissimulação e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ainda, com agravante de ter sido um crime cometido em uma criança com menos de 14 anos e contra descendente.



Após a denúncia solicitando a prisão preventiva, a acusada será formalmente comunicada e poderá apresentar a defesa. Logo após, inicia-se a instrução processual. No caso da condenação pelos quatro delitos, a estimativa é de que a Alexandra poderá pegar pena de quatorze anos e meio a 42 anos de reclusão. Por ser um julgamento de quatro delitos e com somente uma ré, acredita-se que será possível uma tramitação célere, com o julgamento em um curto espaço de tempo.



De acordo com a promotora, foram 55 dias de trabalho efetivo, por isto, “temos toda segurança de apresentar a denúncia nestes termos porque o trabalho investigativo foi muito bem apurado”, garantiu.
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