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Prisão é consequência do crime, e não o contrário, diz promotor
O último painelista da manhã do 3º Fórum Mais Segurança foi o promotor
de Justiça gaúcho Bruno Carpes. Ele mostrou a dificuldade em identificar
números confiáveis sobre cárcere no Brasil, onde, afirma, há muita
ideologização em torno do tema. No país com a quinta maior população
mundial, com 218 milhões de habitantes, há 726 mil presos, segundo dados
do Infopen, do Ministério da Justiça. Para Carpes, entretanto, a
realidade é bem diferente, uma vez que estão incluídos aí também os
condenados que cumprem pena em regime semiaberto e aberto, além dos que
estão em casa, sem qualquer controle.
O último painelista da manhã do 3º Fórum Mais Segurança foi o promotor de Justiça gaúcho Bruno Carpes. Ele mostrou a dificuldade em identificar números confiáveis sobre cárcere no Brasil, onde, afirma, há muita ideologização em torno do tema. No país com a quinta maior população mundial, com 218 milhões de habitantes, há 726 mil presos, segundo dados do Infopen, do Ministério da Justiça. Para Carpes, entretanto, a realidade é bem diferente, uma vez que estão incluídos aí também os condenados que cumprem pena em regime semiaberto e aberto, além dos que estão em casa, sem qualquer controle.

Ao apontar que no estado do Rio de Janeiro 3,7% do efetivo policial foi assassinado, o promotor e pesquisador verificou que lá a chance de um crime como esse acontecer é maior do que a possibilidade de o autor ser encontrado. O gaúcho também mostrou dados de pesquisa inédita na região metropolitana de Porto Alegre, em que 79% dos detentos admitiram reincidência de crimes, 63% disseram que os benefícios do crime são maiores que o custo e que 54% ingressaram no crime em busca de status, poder e dinheiro.
Por fim, reforçou a ideia de que é preciso investir dinheiro para enfrentar o crime. “Os Estados Unidos investem de 7% a 10% da receita pública no sistema de justiça criminal, incluindo polícia judiciária e sistema prisional. Não há outra forma. É preciso investir. O Brasil tem dinheiro para isso, mas há décadas não trata segurança pública e sistema prisional como prioridade. Se não mudarmos a postura, o número de crimes seguirá aumentando”, finalizou.
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