No dia 17 de julho, Euzébio Cardoso da Rocha Vieira faleceu, em Porto Alegre, aos 98 anos. Nascido em 19 de novembro de 1924, em Viamão, formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1954. Um ano após a colação, ingressou no Ministério Público. Em outubro, tomou posse na comarca de Jaguari. Após dois anos, foi removido a pedido para São Francisco de Paula. Em 1958, foi promovido por merecimento para a 2ª entrância, passando a atuar em Palmeira das Missões. No ano seguinte, foi removido a pedido para Soledade. Em junho de 1961, após nova remoção a pedido, assumiu como promotor em Canguçu e, em agosto, mudou-se para Quaraí, em remoção por permuta. 

Em 1963, após novas remoções a pedido, atuou em Vacaria, Camaquã e Viamão. No ano seguinte, foi promovido por merecimento para a 3ª entrância, assumindo a Curadoria de Bagé. Em 1968, por meio de remoções a pedido, atuou na 1ª e, posteriormente, na 2ª Promotoria de Caxias do Sul. Em junho de 1969, em nova remoção, passou a atuar na 1ª Promotoria de São Leopoldo. No ano seguinte, recebeu promoção por antiguidade para a 4ª entrância. Em dezembro de 1972, passou a atuar na 4ª Vara Criminal de Porto Alegre. Recebeu promoção por merecimento para a entrância especial em abril de 1976 e, no mês seguinte, classificou-se para a 2ª Câmara Cível de Porto Alegre. Em outubro do mesmo ano, foi promovido por merecimento a procurador de Justiça, cargo em que se aposentou em setembro de 1978.   

Vida associativa

Euzébio Cardoso da Rocha Vieira teve participação ativa na Associação do Ministério Público, atuando em cargos da Diretoria de 1966 a 1992. Na gestão 1966-1968, foi suplente do Conselho Fiscal. De 1970 a 1972, atuou como secretário na gestão do presidente Lauro Pereira Guimarães. Na oportunidade, integrou uma comissão de promotores para a procura de um imóvel que pudesse abrigar a sede campestre da Associação - em 1971 seria adquirida a chácara que deu origem à atual sede.

Em 1974, assumiu a presidência da AMP/RS. Na época, a Associação passava por importantes transformações, como a mudança do seu Estatuto, a fim de impedir o acúmulo de cargos na Diretoria Executiva da entidade e na Procuradoria-Geral, além da criação de novos departamentos, como o Jurídico, o de Obras e o da Sede Campestre. O período também marcou a luta pela equiparação salarial e uma campanha para que as promoções de promotores fossem feitas apenas por antiguidade.

Entre 1976 e 1982, foi titular do Conselho de Representantes. Nas gestões posteriores (82-84 e 84-86), foi diretor do Departamento dos Aposentados. Em 1986-1988, foi novamente titular do Conselho de Representantes. Em 1988-1990, atuou como diretor do Departamento Patrimonial. Por fim, na gestão 1990-1992, foi suplente do Conselho de Representantes. 

A AMP/RS agradece pela brilhante carreira dedicada ao Ministério Público e à nossa Associação e presta solidariedade aos seus familiares e amigos. 

*A seção PRESERVANDO A MEMÓRIA tem como objetivo registrar o falecimento e reconhecer o legado de promotores, promotoras, procuradores e procuradoras de Justiça que nos deixaram. Este conteúdo foi produzido com a colaboração do Departamento do Memorial da AMP/RS e com informações cedidas pelo Memorial do MPRS, Divisão de Pessoal e de Documentos do MPRS e Acervo da AMP/RS.