Preocupação com (in)segurança nos locais de trabalho é levada ao TJ e à PGJ
Alertado pelo grave incidente ocorrido nesta semana, em uma sala de audiência na Comarca de Soledade, quando um adolescente infrator atacou uma promotora, e pelo relato de episódios semelhantes em outros locais, o presidente da AMP/RS, Victor Hugo Palmeiro de Azevedo Neto, reuniu-se, nesta quarta-feira, com o presidente do Tribunal de Justiça e com o procurador-geral de Justiça. O dirigente levou ao desembargador Marcelo Bandeira Pereira e ao procurador-geral, Eduardo de Lima Veiga, a preocupação da classe quanto à falta de segurança dos promotores de Justiça.
Conforme Azevedo, o caso evidencia o risco a que estão expostos os operadores do direito no exercício de suas funções legais e institucionais, inclusive pela relativa falta de controle no acesso aos corredores dos Foros. Por conta disso, a AMP pediu a imediata implementação, nos prédios do Poder Judiciário e do Ministério Público, de regras mínimas de segurança. Sugeriu, entre outras medidas, a proibição, nas salas de audiência, de instrumentos que possam ser usados como armas, a presença obrigatória de agentes de segurança da instituição que fazem a custódia de réus presos e adolescentes apreendidos, a instalação de equipamento detector de metais nas entradas dos prédios e do salão do júri, e câmeras de vigilância nos espaços de acesso e circulação dos edifícios.
Essas e outras providências foram solicitadas aos chefes do Judiciário e do MP. Azevedo ouviu do presidente do TJ e do procurador-geral a resposta de que o assunto desperta atenção nas instituições e a garantia de que ambas já trabalham no sentido de assegurar a proteção e o resguardo da integridade dos operadores do Direito nesses espaços.