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Notícias
Painel Educação - José Clóvis Azevedo
Primeiro painelista do encontro promovido no Santander Cultural, o secretário estadual de Educação traçou um paralelo entre globalização e conhecimento compartilhado. Ressaltou as diferenças de investimento em educação no Brasil em relação a países desenvolvidos e apontou a necessidade de que os educadores identifiquem a melhor forma de traduzir informação em conhecimento.
Primeiro painelista do encontro promovido no Santander Cultural, o secretário estadual de Educação traçou um paralelo entre globalização e conhecimento compartilhado. Ressaltou as diferenças de investimento em educação no Brasil em relação a países desenvolvidos e apontou a necessidade de que os educadores identifiquem a melhor forma de traduzir informação em conhecimento. “Não se pode estabelecer um paralelo relevante entre as posições ocupadas pelo Brasil e pela Finlândia em rankings educacionais. Aqui, aplicamos US$ 2 mil por aluno, enquanto lá o investimento chega a US$ 12 mil”.
Segundo ele, comparar os sistemas público e privado também é perigoso, uma vez que o segundo é acessível apenas à elite e o primeiro não escolhe alunos, atendendo a grande massa. “Sob o ponto de vista democrático, o ensino público tem a maior virtude, já que acolhe a todos”, acrescentou.
Para Azevedo, o fato de vivermos em uma sociedade globalizada não significa que o conhecimento seja compartilhado. “Vivemos, isso sim, na sociedade da informação, que circula com rapidez. Mas o conhecimento está concentrado, não é democratizado”, criticou.
O secretário advertiu que é necessário fazer uma reflexão sobre o significado do processo de globalização, quando se expressa na educação. “A escola, hoje, tem essa possibilidade de ser um espaço que aprenda a trabalhar as informações. Não é mais o espaço do mestre-escola, aquele que sabia tudo e detinha o conhecimento. É o espaço onde circula a informação. O grande problema da qualidade do ensino, hoje, é a nossa incapacidade, a falta de formação de um educador que saiba, de fato, usar as informações como ferramentas para construir conhecimento, e não de reprodução de saberes envelhecidos ou de informações que se esgotam em si mesmas”.
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