Lajeado cria fórum municipal de enfrentamento às drogas
Sob a coordenação do promotor de Justiça Sérgio da Fonseca Diefenbach, um grupo de trabalho se reúne mensalmente em Lajeado e define estratégias de ação planejadas com o objetivo de resgatar as vítimas do crack e reinseri-las na sociedade. Foi a partir de uma demanda da comunidade local, ainda em 2008, que o município começou a se mobilizar para inibir o tráfico e o consumo da droga na cidade.
Foi a partir de uma demanda da comunidade de Lajeado, ainda em 2008, que o município começou a se mobilizar para inibir o tráfico e o consumo de crack. Atualmente, sob a coordenação do promotor de Justiça Sérgio da Fonseca Diefenbach, um grupo de trabalho se reúne mensalmente e define estratégias de ação planejadas com o objetivo de resgatar as vítimas da pedra e reinseri-las na sociedade, além de trabalhar intensamente na repressão e na prevenção.
O Fórum Municipal de Enfrentamento à Drogadição foi criado por conta de um anseio local, explica o promotor. “O aumento do consumo de crack e a relação da pedra em delitos nos fez perceber que o problema havia chegado à cidade. Por outro lado, há um grande número de pessoas internadas em fazendas de recuperação, mas essa não é uma situação que se resolva rapidamente. Chegamos à conclusão de que era preciso fazer algo”, observa Diefenbach.
Com o apoio da prefeitura, da Univates e outras entidades, públicas e privadas, a Promotoria de Justiça de Lajeado começou a trabalhar. A ideia era mapear todos os atores dessa rede de prevenção, repressão e tratamento, que já estavam engajados à luta, mas não se comunicavam adequadamente, o que comprometia os resultados.
“Agora formamos uma comissão para definir um plano de ação municipal de enfrentamento à drogadição. Estamos capacitando educadores, policiais e outros que acabem tendo contato com consumidores potenciais, para agir de forma preventiva. Nós, do MP, temos trabalhado de forma conjunta com a Brigada Militar e a Polícia Civil na repressão. E deveremos contratar uma empresa para mapear a demanda reprimida pelos centros de tratamento de dependentes”, diz o promotor.
Para Diefenbach, o trabalho não pode parar e tem de ser feito de forma integrada, uma vez que a situação está cada vez mais alarmante. “As clínicas de reabilitação não conseguem fazer frente à quantidade de pessoas com necessidade de apoio e à ferocidade da droga no organismo”, conclui.