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Jovens assistem palestra sobre crack em escola do norte gaúcho


Uma conversa descontraída, na linguagem dos adolescentes e cheia de conteúdo manteve vidrados os olhos de cerca de 250 estudantes de 14 a 17 anos, no final da manhã de sexta-feira, no Colégio La Salle, em Carazinho. O tema era um dos mais palpitantes do momento, pelo benefício que pode promover ao alertar sobre os efeitos nocivos e os riscos do envolvimento com o crack. O palestrante foi o comunicador Manoel Soares, coordenador da Central Única das Favelas para a Região Sul, convidado pela AMP/RS, da Promotoria de Justiça Local.
19/06/2009 Atualizada em 21/07/2023 11:01:30
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Uma conversa descontraída, na linguagem dos adolescentes e cheia de conteúdo manteve vidrados os olhos de cerca de 250 estudantes de 14 a 17 anos, no final da manhã de sexta-feira, no Colégio La Salle, em Carazinho. O tema era um dos mais palpitantes do momento, pelo benefício que pode promover ao alertar sobre os efeitos nocivos e os riscos do envolvimento com o crack. O palestrante foi o comunicador Manoel Soares, coordenador da Central Única das Favelas para a Região Sul, convidado pela AMP/RS, a pedido da Promotoria de Justiça local

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allunos_300.jpgMesclando brincadeiras com informação séria, Manoel absorveu a atenção do público, surpreso ao conhecer mais profundamente toda a cadeia que envolve a trajetória de vida de quem se deixa seduzir pelas facilidades aparentes proporcionadas pelo crime, pelo tráfico e pelo consumo. “Há homens heterossexuais abrindo mão da própria masculinidade em troca de uma pedra de crack. Isso nos faz perceber quão violenta é a fissura de um dependente da droga. Não entrem nessa, pois basta uma experiência para que o organismo crie necessidade de consumir mais e mais”, advertiu.





A partir de agora, os estudantes deverão desenvolver trabalhos em suas escolas como multiplicadores dos conhecimentos adquiridos junto aos colegas que não participaram da atividade. Durante o encontro, porém, os risos foram dando lugar à ansiedade. Surpresos, alguns não escondiam as expressões de contrariedade a cada trecho mais contundente do relato do comunicador. “A droga te leva à prisão. E as cadeias têm suas leis internas, estabelecidas pelos próprios detentos. Lá dentro, é muito mais difícil não se envolver mais e mais com o crime, até por uma questão de sobrevivência. E uma vez ligado a isso, você nunca mais estará limpo”, completou.





Para os colegas Fábio Júnior, 17 anos, aluno do 3° ano do Ensino Médio, Fabrício Manente, 15 anos, estudante do 1° ano, e Alisson Wilhan, 16 anos, aluno do 2° ano, a palestra foi interessante por levar informação sobre um assunto atual e presente nas ruas. “Já ouvimos algumas coisas sobre o crack, mas isso nunca nos fez querer ir atrás. Com esse relato, apenas reforçamos a convicção de que não vale a pena”, disse Fabrício.





Presidente do Comen, Iná Terezinha Brenner explica que ações preventivas e de orientação já vêm sendo desenvolvidas junto aos jovens da cidade desde 2003. “Queremos fortalecer neles a certeza de que esse não é um caminho promissor. E mostrar alternativas positivas, capazes de fazê-los procurar as melhores opções para o futuro”, concluiu Iná.


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