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Impunidade estimula o crime, diz Rodrigo Pimentel no encerramento do II Fórum Mais Segurança
A impunidade estimula o cometimento de atos criminosos. Essa foi uma das
afirmações do consultor de segurança e ex-Capitão do Batalhão de
Operações Especiais (BOPE) do Rio de Janeiro Rodrigo Pimentel na
palestra de encerramento do II Fórum + Segurança, nesta segunda-feira
(08).O evento foi promovido pela Associação do Ministério Público e pela ONG Brasil Sem Grades, reunindo grande público no Memorial do MP, em Porto Alegre.
A impunidade estimula o cometimento de atos criminosos. Essa foi uma das
afirmações do consultor de segurança e ex-Capitão do Batalhão de
Operações Especiais (BOPE) do Rio de Janeiro Rodrigo Pimentel na
palestra de encerramento do II Fórum + Segurança, nesta segunda-feira
(08).O evento foi promovido pela Associação do Ministério Público e pela
ONG Brasil Sem Grades, reunindo grande público no Memorial do MP, em
Porto Alegre.
Antes de dar início à palestra, o presidente da ONG Brasil Sem Grades, Luiz Fernando Oderich, fez uma breve manifestação em que explicou: "Quando afirmamos que queremos um Brasil sem grades é porque queremos acabar com as grades que cercam as nossas casas, maneira que a sociedade arranjou para conviver com a criminalidade. Precisamos enfrentar as causas da criminalidade descobrindo, primeiramente, por onde se começa", propôs Oderich.
CAPITAL TEM MAIS VIOLÊNCIA QUE O RIO
Na sequência, a palestra ministrada por Pimentel, intitulada "Impunidade X Criminalidade", trouxe dados que sustentam a sua afirmação de que não é o desemprego ou a desigualdade social que causam o aumento da criminalidade. "Porto Alegre, por exemplo, desfrutou, em 2013, de uma das menores taxas de desemprego do mundo, abaixo dos 3%. Pois foi justamente neste período que a curva da criminalidade mais subiu, fazendo com que a capital gaúcha figurasse entre as 50 cidades mais violentas do mundo. Hoje, Porto Alegre é duas vezes mais violenta que o Rio de Janeiro", disse.
Pimentel fez vários relatos sobre atuação das polícias civil e militar do RJ que, em sintonia com a política pública de segurança adotada pelo governo, reduziu os índices de criminalidade na cidade, especialmente com a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP's) nas principais favelas da capital carioca.
O ex-comandante do BOPE relatou episódios de como a polícia carioca tem enfrentado o crime. Ele contou que a máfia dos caças-níqueis, comandada por policiais, parlamentares e governantes corruptos, somente recuou sua atuação quando, além das máquinas apreendidas, foram encarcerados os donos dos bares onde as máquinas operavam. Para ele, hoje, o maior problema do Rio de Janeiro, e talvez do Brasil, seja o roubo de cargas. "Em algumas favelas do Rio, não se vende mais drogas. O que dá dinheiro é vender produtos de caminhões roubados para a população a preços mais baratos que nos mercados. Tanto que tem gente que nem compra mais no comércio, somente nos caminhões, direto com os ladrões". Ele contou que muitos fornecedores já não querem mais levar cargas para o Rio de Janeiro por medo da criminalidade. "Para acabar com essa modalidade, somente prendendo o receptador, ou seja, o comprador, assim como aconteceu com a máfia dos caça-níqueis". Para Pimentel, a criminalidade só cresce pela certeza da impunidade.
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