Ex-presidente da AMP é homenageado em evento no Acampamento Farroupilha
Grande incentivador da cultura gaúcha no âmbito do Ministério Público, o procurador de Justiça Delmar Pacheco da Luz foi homenageado pela AMP/RS na noite desta quarta-feira, no Acampamento Henrique Dias de Freitas Lima. Com 25 anos de carreira, tendo ocupado posições de destaque tanto na entidade de classe como na Administração Superior, ele acumula no currículo duas passagens como presidente da Associação, período em que adquiriu o prédio da sede administrativa.
Na abertura do encontro, o presidente Victor Hugo Palmeiro de Azevedo Neto manifestou a satisfação em receber a todos e resumiu o significado da homenagem. "Delmar é um colega que exerceu praticamente todas as funções na AMP e na Instituição. E, acima de tudo foi, quem sabe, quem plantou as primeiras sementes desse movimento que hoje está consolidado no âmbito da AMP, de culto às tradições e aos valores da nossa gente, do nosso povo. Por isso, a AMP tem a mais elevada honra de homenageá-lo nessa Semana Farroupilha. E o fizemos por reconhecimento ao trabalho realizado".
Na sequência, o patrão do acampamento e vice-presidente de Aposentados, Antonio Carlos Hornung, fez um breve apanhado da trajetória de Pacheco. "Ele tem uma larga folha de serviços prestados à classe, à instituição e à cultura do Rio Grande do Sul. Por isso nossa homenagem, singela, mas do fundo do coração".
Natural de Esmeralda, Pacheco ingressou no Ministério Público em 1986 e atuou como promotor nas comarcas de Tapejara, Sarandi, Ijuí, Canoas e Porto Alegre. Promovido a procurador em 1998, atuou junto à 6ª Câmara Cível e às 2ª e 8ª Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça. Foi vice-presidente da AMP por duas oportunidades e ocupou o cargo de subprocurador-geral para Assuntos Administrativos na gestão da procuradora-geral Simone Mariano da Rocha.
Sua relação com o nativismo começou ainda em sua terra natal, como colaborador do CTG Pioneiros do Laço e fundador do Grupo Tradicionalista Potreiro de Guachos. Também foi diretor do CTG Porteira do Rio Grande, de Vacaria. "E, no contexto de nossa Instituição, foi o responsável pela criação dos jantares nativistas realizados durante os Congressos Estaduais do Ministério Público, no início da década de 1990" acrescentou Hornung.
Antes de agradecer aos colegas, Pacheco recebeu um mimo das mãos do diretor cultural da AMP, José Nilton Costa de Souza. Em seguida, se dirigiu aos presentes. Lembrando o início dos eventos nativistas, nos congressos estaduais do MP, e salientou que as iniciativas de sucesso geralmente acontecem porque, num determinado momento, alguém tem uma ideia, outros dão uma contribuição, o chefe banca a proposta e muitos a executam. "Assim tem sido a história da AMP. O trabalho na Associação é uma corrida de revezamento. Vamos passando o bastão um ao outro, e assim chegamos à expressão que hoje tem a entidade, no Estado e no país, pelo trabalho realizado ao longo dos tempos por tantos colegas".
Ao encerrar sua manifestação, o homenageado se mostrou satisfeito com o caminho percorrido: "Não me apego às posições. Não tenho saudade dos lugares por onde passei. Mas sim das pessoas com as quais convivi em cada um deles. Por uma série de circunstâncias, talvez esse seja um dos momentos mais felizes da minha vida. Ainda tenho uma série de expectativas na vida, mas estou absolutamente feliz, com os meus amigos e com os meus amores". A noite seguiu ainda com um jantar campeiro e com a apresentação dos músicos Gilmar Selau e Leo Almeida.