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Evento debate passagem de Getúlio Vargas como promotor público

Em um encontro informal, realizado no final da tarde desta quinta-feira, na sede da AMP/RS, a trajetória de vida de Getúlio Vargas, da universidade à implantação de seu governo, foi dissecada por três aficionados no tema. No painel Getúlio, de promotor a presidente, O jornalista e historiador Juremir Machado da Silva, o advogado Eduardo Carrion e o deputado federal Carlos Eduardo Vieira da Cunha abordaram diferentes facetas do estadista. O evento, que foi comandado pelo presidente da Associação, Marcelo Dornelles, faz parte das comemorações da Semana Estadual do Ministério Público.
26/06/2009 Atualizada em 21/07/2023 10:57:15
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Evento discute trajetória de Getúlio Vargas



Em um encontro informal, realizado no final da tarde desta quinta-feira, na sede da AMP/RS, a trajetória de vida de Getúlio Vargas, da universidade à implantação de seu governo, foi dissecada por três aficionados no tema.



No painel Getúlio, de promotor a presidente, O jornalista e historiador Juremir Machado da Silva, o advogado Eduardo Carrion e o deputado federal Carlos Eduardo Vieira da Cunha abordaram diferentes facetas do estadista. O evento, que foi comandado pelo presidente da Associação, Marcelo Dornelles, faz parte das comemorações da Semana Estadual do Ministério Público.



Conforme Carrion, cujo avô materno foi colega de Getúlio na faculdade de Direito da UFRGS, na primeira década do século passado, já era possível identificar em provas do então estudante conceitos que, mais tarde, formariam a base do projeto político de Vargas. “Ele era um homem oriundo da aristocracia rural gaúcha, mas acabou recrutado para implantar um modelo nacional de desenvolvimento muito importante. A modernização conservadora, ou ainda, revolução passiva resumem a concepção arrojada e ao mesmo tempo cautelosa de Vargas. Isso já podia ser identificado em seus textos e discursos aos 23 anos, em uma prova de 1906”, observou.



Para Juremir, autor de um livro sobre o líder político, a experiência como promotor público, em 1908, indicado por Borges de Medeiros, permitiu a Getúlio conhecer a realidade enfrentada pela sociedade, principalmente as camadas menos abastadas.

Foi nesse contexto que, por diversas vezes, contrariando o papel tradicional de acusador dos representantes do órgão nos processos, Getúlio descobriu e mostrou que, geralmente, quem se apresentava como vítima muitas vezes era o culpado. “Ele (Getúlio) dizia que o Ministério Público tinha de atuar no interesse da comunidade. E isso implicaria não permitir que um inocente fosse condenado. Por isso, muitas vezes pediu a absolvição dos réus”, destacou.



Seguidor de Leonel Brizola e adepto do Getulismo, Vieira da Cunha lembrou como se aproximou da vida política e dos ideais de Vargas. “Foi numa aula de História com a professora Rejane, no Colégio Anchieta, que tive contato pela primeira vez com o que representava Getúlio. Depois, em 1979, como líder estudantil na faculdade de Direito, conheci Brizola e me identifiquei com o Trabalhismo, com o partido do povão, com o compromisso para com os mais humildes”, recordou o parlamentar. “Era sonho do Brizola prestar uma homenagem adequada a Getúlio depois de sua morte. Felizmente, consegui isso como presidente da Assembléia Legislativa, em 2004, quando construímos, com ajuda da iniciativa privada, um mausoléu à altura de tudo que ele representou para o Brasil”, concluiu Vieira.


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