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Diretor do IPH da UFRGS faz conferência de abertura do XVI Congresso Estadual do MPRS

Joel Goldenfum apresentou uma visão técnica sobre a crescente frequência e intensidade dos eventos climáticos extremos, bem como sobre a importância de uma abordagem preventiva
12/09/2024 Atualizada em 13/09/2024 13:55:25
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01 CONFERÊNCIA ABERTURA

O segundo dia do XVI Congresso Estadual do Ministério Público começou com a conferência de abertura “A Realidade Climática da Atualidade”, ministrada pelo diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS e secretário executivo do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática do RS, professor doutor Joel Avruch Goldenfum. Realizada no Teatro Lupicínio Rodrigues, no Centro de Eventos do Wish Serrano Resort, em Gramado, a conferência foi moderada pelo vice-presidente Administrativo e Financeiro da AMP/RS, Fernando Andrade Alves. 


"Após enfrentarmos essa enchente devastadora, estamos conseguindo, aos poucos, nos recuperar. Durante este congresso, buscamos revisar o ocorrido, entender nossa trajetória até aqui e refletir sobre as perspectivas futuras. É crucial que sejamos informados com precisão. Por isso, incluímos esse tópico para discussão. Aqui, oferecemos uma análise técnica, isenta de viés político, com o objetivo de fomentar uma discussão realista e indispensável", destacou Alves.



Goldenfum iniciou a sua exposição revisando os eventos climáticos extremos registrados no Estado e destacando que a série histórica de inundações no Guaíba começou em 1889. No segundo semestre de 2023, por exemplo, em um curto intervalo, ocorreram três enchentes significativas, culminando com a maior cheia do Guaíba em maio. "Os fenômenos climáticos extremos estão se tornando mais recorrentes e o que surpreende é a velocidade com que isso está ocorrendo. Enfrentaremos anos mais úmidos no futuro, e eventos extremos, como secas e inundações, serão mais frequentes e intensos", alertou.



Ao abordar as deficiências no enfrentamento das cheias do Guaíba, o professor sublinhou a importância de se adotar uma abordagem preventiva em relação aos impactos climáticos. "Desastres relacionados ao clima se tornarão mais comuns e severos. Embora isso não seja novidade, há uma falta de crença em algumas pessoas. Em maio, as principais causas foram anomalias climáticas, mudanças no clima e uso inadequado do solo. É necessário restaurar as infraestruturas de proteção, estabelecer programas contínuos para a manutenção do sistema contra enchentes, além de formar equipes capacitadas para operar o sistema. Também é essencial educar a população através de iniciativas educativas e manter viva a memória dos eventos passados de enchentes", enfatizou o professor.



Goldenfum também explicou, de maneira prática, a atuação do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática do RS. "Como a ciência está em constante evolução, trabalhamos com o conhecimento mais recente disponível. Identificamos áreas que podem e devem ser aprimoradas ou modificadas e avaliamos o que está funcionando bem ou não. Nosso comitê tem uma função consultiva e propositiva, e fazemos várias recomendações ao governo estadual", concluiu.


Ao término da palestra, houve uma sessão de perguntas e respostas entre o professor e os membros do Ministério Público, discutindo os impactos climáticos e as estratégias para mitigação.


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