Caso Miguel: AMP/RS acompanha júri de mãe e madrasta que mataram criança no Litoral
A Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (AMP/RS) acompanha in loco o julgamento do assassinato do menino Miguel dos Santos Rodrigues, iniciado nesta quinta-feira (4/4), no Fórum de Tramandaí, no Litoral Norte. A criança de sete anos foi morta em 2021.
O vice-presidente Administrativo e Financeiro da AMP/RS, Fernando Andrade Alves, acompanha os trabalhos em apoio aos promotores de Justiça André Tarouco e Karine Teixeira, vice-presidente de Relações Institucionais da AMPRS, responsáveis pela acusação.
A mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, e a companheira dela à época, Bruna Nathiele Porto da Rosa, respondem pelos crimes de tortura, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. As qualificadoras são motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a vítima.
Conforme denúncia do Ministério Público, Miguel foi morto pelo casal após ter sido torturado e espancado. A vítima ainda teria sido arremessada no rio Tramandaí. Uma mala teria sido utilizada para carregar o corpo até o rio, que nunca foi encontrado.
"A gravidade dos fatos, envolvendo homicídio de criança no seio familiar, atribui grande responsabilidade compartilhada pelos Promotores de Justiça na defesa da jovem vida retirada do convívio social. A AMP/RS tem acompanhado esses julgamentos pelo Tribunal do Júri e prestado o apoio necessário aos colegas, durante os trabalhos e na retaguarda defensiva de suas prerrogativas", pontuou Fernando Alves.
O júri iniciou com a previsão de ouvir nove testemunhas. Depois, as rés serão interrogadas. A partir disso, iniciará a argumentação da defesa e acusação. Por fim, caberá aos sete jurados definir pela condenação ou inocência. Hoje, o primeiro a depor foi o delegado Antônio Carlos Ractz, responsável pela investigação do caso. À época do crime, ele era titular da Delegacia de Imbé, onde as acusadas moravam com a vítima.
Fotos: Juliano Verardi - DICOM/TJRS