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Campanha da AMP/RS contra o crack mobiliza a comunidade gaúcha


Em evento realizado no final da tarde desta quinta-feira (14), no auditório do Palácio do Ministério Público, em Porto Alegre, foi lançada a campanha Crack - Ignorar é o seu Vício?, concebida pela AMP/RS. Diante de um público formado por representantes do governo do Estado, da Assembléia Legislativa, da Câmara de Vereadores, da Procuradoria de Justiça e de outros órgãos, além de quase uma centena de pessoas, o embrião de um mutirão social foi lançado. O objetivo é despertar a consciência da comunidade em relação à realidade do tráfico de drogas e da dependência química.
15/05/2009 Atualizada em 21/07/2023 11:01:32
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Em evento realizado no final da tarde desta quinta-feira (14), no auditório do Palácio do Ministério Público, em Porto Alegre, foi lançada a campanha Crack - Ignorar é o seu Vício?, concebida pela AMP/RS. Diante de um público formado por representantes do governo do Estado, da Assembléia Legislativa, da Câmara de Vereadores, da Procuradoria de Justiça e de outros órgãos, além de quase uma centena de pessoas, o embrião de um mutirão social foi lançado. O objetivo é despertar a consciência da comunidade em relação à realidade do tráfico de drogas e da dependência química.



velasquez_300.jpgO panorama que envolve o crack na sociedade gaúcha, é dramático. Basta analisar os números para perceber o tamanho do problema. Em uma estimativa da Secretaria Estadual da Saúde, o número de dependentes no Estado chega a 55 mil pessoas - a Central Única das Favelas (Cufa) acredita que o universo seja de 100 mil. Somente para abastecer o vício desse grupo, são movimentados R$ 495 milhões por ano com o tráfico de 24,5 toneladas de crack, calcula a entidade.



O promotor Miguel Velasquez elogiou iniciativa de MV Bill





Para fazer frente a esse inimigo tão feroz, que vicia logo no primeiro contato e leva o usuário a cometer os mais violentos crimes para conseguir mais e mais droga, não será suficiente o esforço das autoridades, disse durante o lançamento da campanha o presidente da AMP/RS, Marcelo Dornelles.





publicocrack_300.jpgSegundo ele, é necessário despertar a consciência de que é preciso agir de forma conjunta. "Vamos usar uma fala mais direta e menos técnica. Essa droga tem conotação diferente de outras já conhecidas. Exige um enfrentamento igualmente diferenciado. Precisamos chegar às crianças, aos adolescentes, aos pais e levar essa bandeira às ruas. O crack está pontuado em todo tipo de delito. Ações isoladas não terão efeito", alertou Dornelles.





Público atento lotou o auditório do Palacinho do MP



Os números apresentados pelo coordenador da Cufa na Região Sul, Manoel Soares, dimensionando os prejuízos causados pelo tráfico, impressionaram a platéia. Em depoimento gravado em vídeo, Soares também advertiu: "As pessoas estão abrindo mão de seus amores em troca da sobrevivência. Mães matam filhos perdidos para o crack. Jovens matam pais movidos pelo desespero em busca de dinheiro para comprar mais drogas. Temos de Levar informação às comunidades antes que o traficante o faça. Porque ele apresenta uma droga sedutora, e não esse crack destruidor", acrescentou Soares.



povo_300.jpgO ponto alto da programação, entretanto, foi o depoimento do rapper MV Bill, autor do documentário Falcão - Meninos do Tráfico, entre outros, e fundador da Cufa Nacional. Nascido e morador da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, ele é um dos mais empenhados ativistas nas causas sociais e no enfrentamento à drogadição. "Essa iniciativa é muito importante porque provoca a reflexão das pessoas de todas as classes sociais. Torço para que essa ação se multiplique em muitas cidades, inclusive na minha, para que possamos reduzir as perdas dessa guerra tão desigual", comentou o rapper.



billcrack_300.jpgPara MV Bill, é preciso andar à frente dos traficantes e antecipar a chegada de conhecimento acerca do crack ao público potencialmente exposto. Segundo ele, nem mesmo na favela a droga é conhecida efetivamente. O líder comunitário também defendeu a abertura da discussão sobre a legalização da maconha e de outras drogas, mas destacou que mais importante é "descriminalizar a educação, que é artigo de luxo e só chega para a parcela da sociedade com maior poder aquisitivo".



MV Bill falou sobre o trabalho que realiza com a Cufa




Depois do lançamento da campanha Crack - Ignorar é o seu Vício?, foi servido um coquetel no subsolo do Palacinho, onde foi inaugurada a exposição de fotos Bak! Na Pedra a Sociedade Treme, do comunicador Manoel Soares, retratando o drama de quem vive nas ruas e está envolvido com a droga.



ivana_300.jpgNesta sexta-feira pela manhã, a segunda etapa da campanha começou a ser implementada. Uma palestra destinada a alunos do Ensino Médio foi ministrada por MV Bill a estudantes do Colégio Júlio de Castilhos, na Capital. O tema foi os males provocados pela pedra. Ações como essas serão levadas à comunidade estudantil e a diferentes municípios. A idéia é pulverizar informação e provocar uma reação em cadeia em defesa de nossas famílias.







A promotora Ivana Battaglin, de São Gabriel, visitou a exposição
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