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Busca da verdade é dever da Instituição, afirma Tonet

A conferência de abertura do XI Congresso Estadual de Ministério Público, em Canela, foi uma candente defesa da verdade, da virtude e da liberdade. Depois de se emocionar ao receber a Comenda Dirceu Pinto, o ex-presidente da Associação do Ministério Público do Rio Grande o Sul (AMP/RS) e atual vice-presidente de relações institucionais das Organizações Globo, Paulo Ricardo Tonet Camargo lembrou que assumiu a entidade classista em uma época na qual o Ministério Público estava consolidando-se e defendeu o direto de investigação da instituição. Para ele, a busca da verdade é um dever do Ministério Público.

02/08/2012 Atualizada em 21/07/2023 11:00:51
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A conferência de abertura do XI Congresso Estadual de Ministério Público, em Canela, foi uma candente defesa da verdade, da virtude e da liberdade. Depois de se emocionar ao receber a Comenda Dirceu Pinto, o ex-presidente da Associação do Ministério Público do Rio Grande o Sul (AMP/RS) e atual vice-presidente de relações institucionais das Organizações Globo, Paulo Ricardo Tonet Camargo lembrou que assumiu a entidade classista em uma época na qual o Ministério Público estava consolidando-se e defendeu o direto de investigação da instituição. Para ele, a busca da verdade é um dever do Ministério Público. 



“Uma das grandes virtudes da Constituição Federal de 88 foi delegar ao MP a missão de defender os direitos individuais, com a virtude da liberdade na busca da verdade e também livre de qualquer interferência de governos ou interesses políticos”, disse Tonet, complementando que o MP recebeu o título e a incumbência de ser o advogado de defesa da democracia. “Os representantes do MP não buscavam para si, sua corporação ou instituição, mas para a sociedade. Não tinham soberba, não queriam tutelar a nação, mas defendê-la de quem queria tutelá-la.” Observou que, na arena política, muitos não aceitavam que uma nação fosse composta de pessoas livres, com livre arbítrio. “Queriam que o Estado continuasse sendo forte a tutelá-los e, assim, ameaçado estaria o processo democrático”.



DIFÍCIL CONVIVÊNCIA COM A LIBERDADE

tonete.jpgConforme o executivo, pode ser muito incômodo para alguns conviver com a liberdade. Por conta disso, “os advogados de defesa e quem mostra a verdade passam a ser malvistos pelos incomodados”. Tonet alertou: “Esses dogmas sagrados postos na Constituição que coroou nosso processo de redemocratização são afrontados a todo momento por iniciativas aparentemente virtuosas. Na verdade, acobertam a intolerância e muitas vezes o interesse contrariado de grupos ideológicos ou econômicos que estão incomodados. Querem fazer do direito à liberdade de expressão um vício, não uma virtude.”



O ex-presidente da AMPRS mencionou as manobras que se escondem por trás da PEC 37, a chamada PEC da Impunidade, que restringe a investigação criminal às polícias e transforma em ilegalidade a atuação do MP. “Liberdade para se expressar e a busca da verdade são os caminhos que devem ser percorridos por todos. Não consigo entender iniciativas que restringem algo que é como a luz – quanto mais, melhor. A quem pode interessar menos verdade e menos expressão?”, questionou.



CREDIBILIDADE É O GRANDE ATIVO DA IMPRENSA

Camargo ressaltou o direito da sociedade de conhecer a verdade e o dever do MP e de outros agentes públicos de buscá-la. “E triste o destino da imprensa que atenda a outro interesse que não seja a de publicá-la em respeito ao seu público. Se não o fizer, sua morte é certa. A doença do descrédito mata”, alertou. Citando Ulisses Guimarães em mais de uma ocasião,Tonet valorizou a conquista da liberdade de escolha de povo brasileiro, que hoje é o real detentor do poder, por ter acesso a informações e meios de acesso a elas. Novamente, destacou a importância da credibilidade para os meios de comunicação. “A imprensa é mais uma fonte de informação, mas não sua única fonte. A credibilidade é seu grande ativo do futuro, num mercado em que só os virtuosos sobreviverão.”





Para ele, limitar a atuação da imprensa ou do MP, na busca da verdade, é contribuir para a impunidade e para arbitrariedades. Por fim, conclamou os promotores de Justiça a manterem seu trabalho independente na busca da verdade. “Investiguem, sim, e processem os traidores. Nós, os meios de comunicação, trataremos de mostrá-los ao Brasil”.



Clique aqui para assistir a íntegra da conferência de Tonet.


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