AMP/RS prestigia Grande Expediente
Os 45 anos do Golpe Militar foram lembrados nesta quarta-feira (31), no período do Grande Expediente, num resgate histórico feito pelos deputados Adroaldo Loureiro (PDT) e Adão Villaverde (PT). O presidente da AMP/RS, Marcelo Dornelles, esteve presente acompanhando o ato.
Os 45 anos do Golpe Militar foram lembrados nesta quarta-feira (31), no período do Grande Expediente, num resgate histórico feito pelos deputados Adroaldo Loureiro (PDT) e Adão Villaverde (PT). O dia 31 de março de 1964 ficou marcado por um movimento que derrubou o presidente João Goulart, legalmente constituído, e instalando no País um regime autoritário que perdurou por 21 anos, suprimindo direitos constitucionais, censurando a imprensa, perseguindo, reprimindo e suspendendo as liberdades democráticas. O presidente da AMP/RS, Marcelo Dornelles, esteve presente acompanhando o ato. Segundo ele, “este é um momento importante de celebrarmos a democracia conquistada”. O coordenador do Memorial do Ministério Público, Victor Hugo de Azevedo Neto, representou o MP/RS.
Coordenador do Memorial do MP/RS cumprimenta deputado Adroaldo Loureiro pela iniciativa.
"O objetivo deste grande expediente é lembrar sempre, para que o dia 31 de março de 1964 nunca mais aconteça". Foi o que disse Loureiro, ressaltando que o regime militar significou um profundo retrocesso no processo democrático brasileiro: cassou mandatos; fechou o Congresso Nacional; intimidou o Judiciário; reprimiu a mobilização dos trabalhadores do campo e das cidades; tirou a estabilidade dos funcionários públicos; estancou o amplo debate ideológico e cultural que estava em curso no Brasil; e impediu a implantação das reformas institucionais.
O deputado Adão Villaverde lamentou um artigo publicado recentemente por um jornal de circulação nacional, que classificou o regime militar como uma "ditabranda". Para o parlamentar, quando se trata de violação de direitos humanos a medida é uma só: a dignidade de cada um e de todos, sem comparar importâncias e estatísticas. "Pelo critério do editorial, poderíamos dizer que a escravidão no Brasil foi doce se comparada com a de outros países, porque aqui a casa-grande estabelecia laços íntimos com a senzala. O que era negativo passa a ser positivo, dando absolvição àqueles que violaram os direitos constitucionais e cometeram crimes, como o assassinato do jornalista Vladimir Herzog nos porões do Doi-Codi", criticou.
Presidente da AMP/RS com deputado Villa Verde, um dos idealizadores do Grande Expediente.