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Notícias
AMP/RS participa de talk show que debateu ações contra o crack
O talk show Todos Contra o Crack, promovido pelo Grupo RBS em parceria com
14 instituições de Ensino Superior do Estado, reuniu especialistas em saúde,
prevenção e repressão ao tráfico, na noite desta segunda-feira (29), no
BarraShoppingSul. O presidente da AMP/RS, Marcelo Dornelles, esteve entre os
convidados e abordou o tema da repressão, junto com o comandante da Brigada
Militar, coronel João Carlos Trindade.
14 instituições de Ensino Superior do Estado, reuniu especialistas em saúde,
prevenção e repressão ao tráfico, na noite desta segunda-feira (29), no
BarraShoppingSul. O presidente da AMP/RS, Marcelo Dornelles, esteve entre os
convidados e abordou o tema da repressão, junto com o comandante da Brigada
Militar, coronel João Carlos Trindade.
O talk show Todos Contra o Crack, promovido pelo Grupo RBS em parceria com
14 instituições de Ensino Superior do Estado, reuniu especialistas em saúde,
prevenção e repressão ao tráfico, na noite desta segunda-feira, no
BarraShoppingSul. O presidente da AMP/RS, Marcelo Dornelles, esteve entre os
convidados e abordou o tema da repressão, junto com o comandante da Brigada
Militar, coronel João Carlos Trindade.
Entre suas colocações, o presidente da Associação falou sobre os aspectos
legais da responsabilização dos usuários. Ele contrapôs a idéia de que o
usuário sempre precisa ser visto, juridicamente, como doente e não como
delinquente. De acordo com Dornelles, essa discussão não é nova. A recente
alteração da lei penal diz que o uso e o porte da droga, mesmo para consumo
próprio, são crime. "O que houve foi uma alteração na pena, já que o usuário
não pode mais ser condenado à prisão, e sim a penas alternativas", explicou.
De acordo com ele, não há como desconsiderar que o usuário influencia
diretamente no tráfico e é ele quem alimenta esta cadeia tão lucrativa.
Respondendo a pergunta do jornalista e promotor de Justiça aposentado,
Cláudio Brito - que mediou o bloco - sobre o papel do Ministério Público
quando existe uma demanda da família do usuário por internação, o presidente
da AMP/RS disse que existem medidas cíveis, administrativas de coerção ao
tratamento que podem ser utilizadas na internação compulsória, mas somente quando o dependente está em surto.
O presidente da AMP/RS, Marcelo Dornelles, participou do segundo bloco do
debate, no qual também foram entrevistados o Secretário Estadual da Saúde,
Osmar Terra, o comandante da Brigada Militar, coronel João Carlos Trindade e
o psiquiatra Rogério Horta, professor do Programa de Pós-Graduação em Saúde
Coletiva da Unisinos.
A droga e o tratamento
Entrevistado por Cristina Ranzolin, apresentadora do Jornal do Almoço, o
psiquiatra Flávio Pechansky alertou sobre a necessidade de socorrer a vítima
da pedra imediatamente. O avanço do crack foi abordado pelo secretário
Estadual da Saúde, Osmar Terra, que notou a explosão da droga nos últimos
quatro anos. É tão avassalador, avisou Terra, que a situação atual poderá
dobrar de gravidade em apenas dois anos. Conforme o secretário, o crack está
provocando cinco ou seis mortes por dia, metade delas por assassinatos.
Psiquiatra e professor da Unisinos, Rogério Horta ponderou que o dependente
do crack precisa de tratamento continuado. Sugeriu que os governos garantam
o financiamento em saúde no combate ao tóxico.
Uma dos momentos mais emocionantes do evento foi o depoimento do ex-usuário
Luis Fernandes Visnieski, 28 anos. Ele conversou com o colunista Paulo Sant'
Ana, contando que fumou crack por quatro anos. No auge da dependência,
torrou R$ 1,8 mil, recebidos quando foi demitido do trabalho como
indenização, em apenas três dias, fumando a exorbitância de 360 pedras. O
talk show teve a participação animada dos integrantes do programa Pretinho
Básico, da Rádio Atlântida.
Foto Bianca Giacomet
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