A AMP/RS, em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa), realizou mais uma atividades da campanha de alerta e mobilização contra o crack. Na segunda-feira pela manhã, cerca de 500 crianças e adolescentes que estudam no Colégio Mãe de Deus, na zona Sul de Porto Alegre, assistiram a palestras do vice-presidente da entidade, Mauro Souza, e do coordenador da Cufa para a Região Sul, Manoel Soares. A ação faz parte do eixo da prevenção da Campanha Crack – Ignorar é o seu vício?, que visa mostrar os riscos e os perigos do envolvimento com a droga para, assim, evitar o surgimento de novos usuários e dependentes.

Manoel Soares conversou com os estudantes e falou sobre os riscos a que ficam expostas as pessoas que se deixam envolver com a droga e com o crime. Com relatos sobre pessoas conhecidas do comunicador que acabaram se perdendo para o vício e do drama familiar criado a partir dessa situação, Manoel conquistou a atenção dos jovens durante o encontro.

O encontro no colégio veio a calhar. Afinal, o tema das drogas tem feito parte do dia-a-dia do estabelecimento de ensino. Tanto que no ano passado os próprios alunos encenaram uma peça teatral acerca do assunto. Conscientes de que o usuário pode estar sentado na classe ao lado, eles buscam conhecimento. “Achei muito interessante as palestras, porque várias questões que eu não conhecia foram esclarecidas”, observou Catarina Gonçalves Cruz, 12 anos.

Para Mauro Souza, a conversa com jovens e adolescentes permite levar informação de qualidade a esse público. “Por isso valorizamos esses momentos com alunos de escolas, pra divulgar campanha e os riscos do crack. Para fazer a prevenção mais efetiva. É uma oportunidade para que os jovens conheçam o Ministério Público como um agente que procura proteger a sociedade e garantir os direitos da cidadania”, disse Souza.

A iniciativa foi aprovada também pela estudante Tanise da Luz Ribeiro, 12 anos. Segundo ela, os depoimentos do comunicador e do vice-presidente da AMP/RS foram importantes como forma de conscientizar a todos de que há um grande perigo no contato com o universo da drogadição. “Recebemos aqui informações que não se encontra em qualquer lugar. É bom ouvir relatos porque os adolescentes de hoje serão o futuro de amanhã”, observou a garota.

Segundo a vice-diretora do Colégio Mãe de Deus, Maria Esther Homem Machado, a oportunidade foi valiosa. “Muito boa do ponto de vista de prevenção, que é o que acreditamos, como instituição escolar. Temos trabalhado a questão da droga nos projetos e inserido o tema no currículo, de forma interdisciplinar. A prevenção à droga está no currículo da escola” completou.