AMP/RS leva campanha contra o crack a alunos do Colégio Júlio de Castilhos
Foi diante de centenas de alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, na manhã desta sexta-feira (15), em Porto Alegre, que a mensagem começou a ser disseminada. No ritmo do hip-hop e na linguagem dos adolescentes, o rapper MV Bill conversou com os estudantes sobre os prazeres, os efeitos e os riscos do consumo do crack. A iniciativa faz parte da campanha Crack – Ignorar é o seu Vício?, lançada na véspera pela Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (AMP/RS).
Foi diante de centenas de alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, na manhã desta sexta-feira (15), em Porto Alegre, que a mensagem começou a ser disseminada. No ritmo do hip-hop e na linguagem dos adolescentes, o rapper MV Bill conversou com os estudantes sobre os prazeres, os efeitos e os riscos do consumo do crack. A iniciativa faz parte da campanha Crack – Ignorar é o seu Vício?, lançada na véspera pela Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (AMP/RS).
A palestra foi a primeira de uma série, que que serão ministradas por todo o Estado por representantes da Central Única das Favelas (Cufa), parceira da AMP/RS na campanha. No encontro de ontem, o presidente da AMP/RS, Marcelo Dornelles, apresentou a proposta ao estudantes e justificou a necessidade de conhecer os riscos e o caminho sem volta daqueles que optam por experimentar o crack ou até mesmo a merla, droga ainda mais nova e agressiva.
Presidente da AMP/RS, Marcelo Dornelles, explica os objetivos da campanha
Nascido sob o estereótipo da criminalidade, como ele mesmo define, MV Bill é de origem pobre, filho da Cidade de Deus, no Rio, e cresceu no mais inóspito ambiente. Apesar disso, optou por fazer da música um instrumento de conscientização e mobilização social.
Com 35 anos, o fundador da Cufa Nacional é o que se pode chamar de guerreiro do bem. Sensibilizado com a causa da AMP/RS, veio ao Estado para despertar a atenção dos jovens para a importância de conhecer a droga antes de optar pelo consumo. “É uma decisão individual. Não critico quem usa. Mas é preciso saber o que é essa droga, que uma vez consumida dificilmente permite sair do vício. O crack deixa um rastro de destruição muito maior do que a própria vida”, advertiu MV Bill.
Vice-presidente e coordenador da campanha, Mauro Souza, deu seu recado aos estudantes
Acompanhado pelo comunicador Manoel Soares, coordenador da Cufa para a Região Sul, o rapper falou sobre as circunstâncias criadas a partir da dependência química, mas valorizou também as iniciativas de enfrentamento às drogas. “Se houver, em meio a uma multidão, uma pessoa que seja interessada em se defender desse mal, todos os esforços terão valido a pena. Procuro falar para quem quer ouvir. Não me importo com a discriminação, seja por parte da elite ou da favela. O importante é levar a mensagem”, observou.
Ao final do encontro, que durou a manhã toda, MV Bill respondeu a perguntas formuladas pelos estudantes. Os jovens, ansiosos por dicas e orientações sobre alternativas para não ingressar no vício ou mesmo sobre como ajudar quem já é dependente, fizeram da experiência um misto de festa e aprendizado.