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A ameaça das facções criminosas e a criação de uma política nacional de segurança pública foram abordados pelo ministro Raul Jungmann
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, foi um dos palestrantes
do painel de encerramento do XIV Congresso Estadual do Ministério
Público do Rio Grande do Sul. Na oportunidade, falou sobre as ações do
governo para a criação de uma política nacional de segurança pública e
alertou para a ameaça da atuação das facções criminosas no atual
contexto.
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, foi um dos palestrantes do painel de encerramento do XIV Congresso Estadual do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Na oportunidade, falou sobre as ações do governo para a criação de uma política nacional de segurança pública e alertou para a ameaça da atuação das facções criminosas no atual contexto.


Conforme Dallazen, foi possível extrair do congresso um diagnóstico importante dos desafios do presente. E ressaltou a necessidade de uma atuação institucional baseada no princípio da unidade, em todas as comarcas. “Precisam atuar de forma conjunta, para que possamos avançar. E aí, na discussão do futuro, diante das novas e complexas demandas que a sociedade nos coloca, nós precisamos continuar a dar uma resposta tão efetiva como a que já foi dada até aqui. Tenho certeza que esse arcabouço todo nos faz sair daqui com um sentimento revigorado de esperança e com um norte bem construído sobre de que forma podemos continuar avançando em prol da sociedade brasileira”. O procurador-geral parabenizou a Associação pelo evento e avaliou que o encontro, embora estadual, teve proporção e repercussão nacional.

É a partir desse cenário que o governo do qual faz parte decidiu criar o Ministério da Segurança Pública e aprovou o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), instituindo o que chamou de “federalismo compartilhado” para tratar do tema. A partir disso, acrescentou, os governos municipais, estaduais e a União poderão, juntos, construir a desejada política nacional de segurança pública.
Jungmann celebrou a criação do Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos sobre Segurança Pública como ferramenta fundamental de apoio. “O Estado brasileiro é incapaz de produzir estatística criminal. Como podemos estruturar uma política nacional, qualquer que seja, sem dados confiáveis?”, ponderou. Agora, será obrigatório que Estados, Municípios e União produzam esses dados.
O ministro também manifestou preocupação com a questão do sistema prisional do País. “Ali é onde precisa haver a máxima imposição de poder do Estado, porque ali estão pessoas privadas de liberdade, que cometeram delitos, têm de ser punidos e sem o que a justiça não pode se dizer completa. Além disso, também precisa ressocializar os apenados.” O país com a terceira maior do mundo, segundo ele, que contaria com cerca de 726 mil detentos, de acordo com o Infopen, e crescendo mais 8% ao ano, somaria 1,4 milhão de apenados em 2025. “Se esses números corresponderem à realidade, temos uma situação que não é sustentável, não é controlável. Não há orçamento que cubra”, alertou.

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