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Notícias
Vencedores do Prêmio Jornalismo são homenageados
Em solenidade realizada na manhã desta terça-feira (16), os vencedores
do XVI Prêmio Jornalismo do Ministério Público do Rio Grande do Sul.
Realizado no Palácio do Ministério Público, no Centro de Porto Alegre, o
evento distinguiu os 10 trabalhos em mídia impressa, TV, rádio,
fotografia, web e na categoria especial que melhor retrataram a atuação
da Instituição.
Em solenidade realizada na manhã desta terça-feira (16), os vencedores do XVI Prêmio Jornalismo do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Realizado no Palácio do Ministério Público, no Centro de Porto Alegre, o evento distinguiu os 10 trabalhos em mídia impressa, TV, rádio, fotografia, web e na categoria especial que melhor retrataram a atuação da Instituição.
Os vencedores receberam prêmios em dinheiro e comendas, oferecidas pela Associação do Ministério Público e Fundação Escola Superior do Ministério Público, bem como um final de semana no Hotel Continental, em Canela. Promovido pela Instituição, o certame tem apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS, da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e patrocínio da AMP/RS, FMP e Hotel Continental.
EM NOME DA CLASSE
Após o anúncio dos homenageados, a jornalista do Correio do Povo Fernanda Pugliero, que conquistou o 1º lugar na categoria Reportagem Impressa, falou em nome dos agraciados e parabenizou a Instituição pelo reconhecimento do trabalho jornalístico. Ela mencionou as reportagens que desenvolveu no município de Três Passos sobre o caso do menino Bernardo. “Foram muitas pesquisas e entrevistas para acompanhar este trágico caso”, relembrou.
Já o vice-presidente da ARI, João Borges Souza, destacou que as matérias jornalísticas são fundamentais para a divulgação da atuação do Ministério Público em diversas áreas. “Este trabalho do MP não pode apenas permanecer nos gabinetes e deve ser levado para todos os cidadãos.”
ALIANÇA PELA DEMOCRACIA
Por sua vez, o presidente da AMP/RS, Victor Hugo Azevedo, apontou peculiaridades do jornalismo e da atividade ministerial que, apesar das diferenças, fortalecem a relevância das duas instituições. "Quando ingressei no MP, na década de 1980, nossa grande dificuldade era manter a interlocução com a imprensa. Falávamos linguagens diferentes. Além do mais, o tempo da imprensa é diferente do tempo da justiça. Os senhores precisam de agilidade na informação. Mas essa relação de aparente dissintonia acabou se tornando a maior aliança que se formou nesse país em prol da democracia. E o MP é absolutamente devedor da imprensa brasileira".
Victor Hugo citou o episódio da PEC 37, quando setores do meio político tentaram impedir que o MP seguisse exercendo sua fundamental função de investigação criminal. "Se não fosse o empenho do MP e, acima de tudo, a repercussão da imprensa, não teríamos, hoje, a operação Leite Compen$sado, a apuração do caso Petrobrás, o Mensalão e outras tantas iniciativas que minam esse cancro da corrupção de se espalhar ainda mais pela sociedade e comprometer as gerações que estão por vir. Por isso, cumpro a obrigação de agradecer a imprensa pelo trabalho que prestou ao MP e à democracia brasileira de forma real e efetiva, que contribuiu decisivamente para que pudéssemos seguir nessa luta impensável contra as mazelas desse país, a corrupção, a improbidade administrativa, aqueles que saqueiam os cofres públicos", completou o dirigente.
PRÊMIO VALORIZADO
O presidente da FMP, David Medina da Silva, também se dirigiu ao público e aos vencedores do prêmio. Dedicou suas palavras para valorizar o trabalho dos jornalistas e também o próprio prêmio em questão. "Essa premiação tem muita importância na nossa vida, para dizer à sociedade que não somos apenas profissionais que ganham muito bem e ficam nos gabinetes esperando as coisas acontecerem. Temos promotores que vão a abrigos, fazem vistoria em presídios, cumprem mandados de prisão, expõem suas vidas no combate ao crime organizado. Por isso é importante que vocês tenham dedicado um tempo de suas vidas para retratar o lado mais bonito da nossa profissão", afirmou Medina.
Segundo ele, os veículos de comunicação e os profissionais que neles atuam são fundamentais para sacudir as pessoas e fazê-las reagir contra a violência e deixar de banalizar mortes como algo comum e natural. "Às vezes, toda a pirotecnia é necessária, e nem sempre é suficiente. Temos de expor as coisas para que a população saiba que temos de reagir. Não adianta somente MP, jornalistas e juízes. Precisamos mobilizar a sociedade inteira para que o Brasil não seja apenas uma democracia de papel", completou.
INTÉRPRETE PARA A SOCIEDADE
Encerrando o evento, a chefe de Gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça, Isabel Guarise Barrios Bidigaray, cumprimentou a todos na figura do promotor de Justiça Mauro Rockenbach, a quem agradeceu pelo apoio no início da carreira, especialmente nos tribunais do júri. "Me acostumei a levar aos júris não livros de doutrina ou jurisprudências. Levava, isso sim, recortes de jornais e revistas com textos sobre os temas em questão, pois era aquela linguagem que os jurados compreendiam. Para eles, a linguagem jurídica é outro idioma. E a imprensa acaba fazendo o papel de intérprete para a sociedade". Isabel finalizou destacando a importância do trabalho da imprensa. "Que sigamos juntos, sempre, na busca da verdade, que é o objetivo do Ministério Público e dos bons jornalistas".
PROFISSIONAIS AGRACIADOS
Reportagem Impressa
1º Lugar - Fernanda Pugliero, Jornal Correio do Povo, com as reportagens sobre o Caso Bernardo: “Um quarto congelado no tempo”, “A mulher por detrás da denúncia” e “Julgamento pode ocorrer em um ano”
2º Lugar - Carolina Chaves da Silva, Jornal O Informativo do Vale, com a matéria “MP reforça a guarda de quem agora precisa de cuidados”
Reportagem Rádio
1º Lugar - Eduardo Matos, Rádio Gaúcha, com a reportagem “Os caminhos do lixo”
2º Lugar - Júlia Otero, Rádio Gaúcha Zona Sul, com a reportagem “MP revela a tortura por PMs em Jaguarão”
Reportagem TV
1º Lugar - Simone Feltes, TVE, com a reportagem “Meninas do Casef
2º Lugar - Andrei Rossetto e equipe, SBT Brasil, com a reportagem “Chácara da Tortura”
Fotojornalismo
1º Lugar - Mauro Schaefer, Jornal Correio do Povo, com o trabalho “Operação Leite Compen$ado”
2º Lugar - Carlos Macedo, Jornal Zero Hora, com a foto “Adeus, Be”
Mídia Web
1º Lugar - Fernanda Costa, Jornal Zero Hora, com as matérias “Abrigos públicos para crianças são insalubres em Porto Alegre”, e “Falhas no sistema tiram chances de adoção de 10% das crianças na Capital”
Prêmio Especial
1º Lugar - Larissa Roso e Letícia Duarte, Jornal Zero Hora, com a reportagem “Meu filho (não) bebe”
Os vencedores receberam prêmios em dinheiro e comendas, oferecidas pela Associação do Ministério Público e Fundação Escola Superior do Ministério Público, bem como um final de semana no Hotel Continental, em Canela. Promovido pela Instituição, o certame tem apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS, da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e patrocínio da AMP/RS, FMP e Hotel Continental.
EM NOME DA CLASSE
Após o anúncio dos homenageados, a jornalista do Correio do Povo Fernanda Pugliero, que conquistou o 1º lugar na categoria Reportagem Impressa, falou em nome dos agraciados e parabenizou a Instituição pelo reconhecimento do trabalho jornalístico. Ela mencionou as reportagens que desenvolveu no município de Três Passos sobre o caso do menino Bernardo. “Foram muitas pesquisas e entrevistas para acompanhar este trágico caso”, relembrou.
Já o vice-presidente da ARI, João Borges Souza, destacou que as matérias jornalísticas são fundamentais para a divulgação da atuação do Ministério Público em diversas áreas. “Este trabalho do MP não pode apenas permanecer nos gabinetes e deve ser levado para todos os cidadãos.”
ALIANÇA PELA DEMOCRACIA
Por sua vez, o presidente da AMP/RS, Victor Hugo Azevedo, apontou peculiaridades do jornalismo e da atividade ministerial que, apesar das diferenças, fortalecem a relevância das duas instituições. "Quando ingressei no MP, na década de 1980, nossa grande dificuldade era manter a interlocução com a imprensa. Falávamos linguagens diferentes. Além do mais, o tempo da imprensa é diferente do tempo da justiça. Os senhores precisam de agilidade na informação. Mas essa relação de aparente dissintonia acabou se tornando a maior aliança que se formou nesse país em prol da democracia. E o MP é absolutamente devedor da imprensa brasileira".
Victor Hugo citou o episódio da PEC 37, quando setores do meio político tentaram impedir que o MP seguisse exercendo sua fundamental função de investigação criminal. "Se não fosse o empenho do MP e, acima de tudo, a repercussão da imprensa, não teríamos, hoje, a operação Leite Compen$sado, a apuração do caso Petrobrás, o Mensalão e outras tantas iniciativas que minam esse cancro da corrupção de se espalhar ainda mais pela sociedade e comprometer as gerações que estão por vir. Por isso, cumpro a obrigação de agradecer a imprensa pelo trabalho que prestou ao MP e à democracia brasileira de forma real e efetiva, que contribuiu decisivamente para que pudéssemos seguir nessa luta impensável contra as mazelas desse país, a corrupção, a improbidade administrativa, aqueles que saqueiam os cofres públicos", completou o dirigente.
PRÊMIO VALORIZADO
O presidente da FMP, David Medina da Silva, também se dirigiu ao público e aos vencedores do prêmio. Dedicou suas palavras para valorizar o trabalho dos jornalistas e também o próprio prêmio em questão. "Essa premiação tem muita importância na nossa vida, para dizer à sociedade que não somos apenas profissionais que ganham muito bem e ficam nos gabinetes esperando as coisas acontecerem. Temos promotores que vão a abrigos, fazem vistoria em presídios, cumprem mandados de prisão, expõem suas vidas no combate ao crime organizado. Por isso é importante que vocês tenham dedicado um tempo de suas vidas para retratar o lado mais bonito da nossa profissão", afirmou Medina.
Segundo ele, os veículos de comunicação e os profissionais que neles atuam são fundamentais para sacudir as pessoas e fazê-las reagir contra a violência e deixar de banalizar mortes como algo comum e natural. "Às vezes, toda a pirotecnia é necessária, e nem sempre é suficiente. Temos de expor as coisas para que a população saiba que temos de reagir. Não adianta somente MP, jornalistas e juízes. Precisamos mobilizar a sociedade inteira para que o Brasil não seja apenas uma democracia de papel", completou.
INTÉRPRETE PARA A SOCIEDADE
Encerrando o evento, a chefe de Gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça, Isabel Guarise Barrios Bidigaray, cumprimentou a todos na figura do promotor de Justiça Mauro Rockenbach, a quem agradeceu pelo apoio no início da carreira, especialmente nos tribunais do júri. "Me acostumei a levar aos júris não livros de doutrina ou jurisprudências. Levava, isso sim, recortes de jornais e revistas com textos sobre os temas em questão, pois era aquela linguagem que os jurados compreendiam. Para eles, a linguagem jurídica é outro idioma. E a imprensa acaba fazendo o papel de intérprete para a sociedade". Isabel finalizou destacando a importância do trabalho da imprensa. "Que sigamos juntos, sempre, na busca da verdade, que é o objetivo do Ministério Público e dos bons jornalistas".
PROFISSIONAIS AGRACIADOS
Reportagem Impressa
1º Lugar - Fernanda Pugliero, Jornal Correio do Povo, com as reportagens sobre o Caso Bernardo: “Um quarto congelado no tempo”, “A mulher por detrás da denúncia” e “Julgamento pode ocorrer em um ano”
2º Lugar - Carolina Chaves da Silva, Jornal O Informativo do Vale, com a matéria “MP reforça a guarda de quem agora precisa de cuidados”
Reportagem Rádio
1º Lugar - Eduardo Matos, Rádio Gaúcha, com a reportagem “Os caminhos do lixo”
2º Lugar - Júlia Otero, Rádio Gaúcha Zona Sul, com a reportagem “MP revela a tortura por PMs em Jaguarão”
Reportagem TV
1º Lugar - Simone Feltes, TVE, com a reportagem “Meninas do Casef
2º Lugar - Andrei Rossetto e equipe, SBT Brasil, com a reportagem “Chácara da Tortura”
Fotojornalismo
1º Lugar - Mauro Schaefer, Jornal Correio do Povo, com o trabalho “Operação Leite Compen$ado”
2º Lugar - Carlos Macedo, Jornal Zero Hora, com a foto “Adeus, Be”
Mídia Web
1º Lugar - Fernanda Costa, Jornal Zero Hora, com as matérias “Abrigos públicos para crianças são insalubres em Porto Alegre”, e “Falhas no sistema tiram chances de adoção de 10% das crianças na Capital”
Prêmio Especial
1º Lugar - Larissa Roso e Letícia Duarte, Jornal Zero Hora, com a reportagem “Meu filho (não) bebe”
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